Paulo Alkimim lembrou que a administração e comerciantes já passaram por um susto há pouco tempo. “Chegaram aqui dizendo que estava pegando fogo. Fomos lá, mas, na realidade, ocorreu uma sobrecarga, ou seja, uma pessoa que tem uma lanchonete ligou congelador, muitas máquinas, aí começaram algumas chamas, porque a rede tem uma capacidade. Mas o gerente não pode dar conta de tudo, a responsabilidade tem que partir de cada comerciante”, ressaltou.
A situação foi controlada, mas foi um sinal de que situações mais graves podem acontecer. O que deixa muita gente que trabalha no local com medo.
É o caso de Maria de Fátima Alves Fischer, feirante há 27 anos no Mercado Municipal de Montes Claros. “Temos apenas a proteção de Deus, e mais nada”. Emocionada, lembrou o sonho da filha. “Ela me disse que sonhou que o mercado estava pegando fogo e que eu estava lá longe, distante da porta. Ela me chamava: ‘vem mãe, vem mãe, corre mãe’, enquanto o fogo estava ao redor. Isso é só um sonho amado, é só um sonho, mas serve de alerta. Como eu vou correr?”.
DEVER
Maria de Fátima explica que o mercado é seu ganha-pão e que tem que ficar ali. “Nós gostaríamos muito que o Humberto (Souto), que é autoridade máxima, nosso prefeito, nos ajudasse, porque a mesma cobrança faríamos se outro candidato ganhasse. Mas, como ele ganhou, então tem o dever de nos dar um lugar seguro para trabalhar. A segurança para nós aqui deve ser a máxima, porque eu, pelo menos, me sinto insegura aqui”, afirma. Por fim, arrematou: “o senhor está vendo aí, os hidrantes não têm mangueira, muita fiação exposta, o que é muito perigoso, perigosíssimo”.