De 2 a 13 de julho, Montes Claros será o centro das atenções do agronegócio mineiro com a realização da 51ª Expomontes, considerada a maior feira agropecuária do interior de Minas Gerais e uma das mais importantes do Brasil. A expectativa é atrair mais de 350 mil visitantes e movimentar cerca de R$ 400 milhões em negócios, unindo tradição, inovação, cultura e responsabilidade social em uma programação diversificada.
Promovida pela Sociedade Rural de Montes Claros, com produção da Cia Promoções, a feira apresenta uma estrutura modernizada e diversas novidades. Entre os destaques estão a nova arena integrada para shows e julgamentos, uma praça de alimentação totalmente reformulada e espaços premium como o “Camarote Madalena” e o “IBI Front”.
A Expomontes também amplia seu papel como vitrine de tecnologias para o campo e espaço de valorização do pequeno e do grande produtor. Com mais de 60 barracas voltadas à agricultura familiar, o evento reforça a inclusão de agricultores locais e estimula o consumo de produtos regionais.
Além da programação técnica e comercial, a feira aposta em ações de impacto social. A campanha Inteira Solidária, em sua sétima edição, permite que o público pague meia-entrada mediante doação de alimento ou R$ 10, com arrecadações destinadas a instituições beneficentes. Outro momento especial será o evento Elas do Campo, ‘Mulheres que Inspiram’, no dia 5 de julho, com rodas de conversa, depoimentos e homenagens a mulheres do agronegócio. No dia 8, a feira recebe a Caravana do Agroexportador, que trará palestrantes nacionais e internacionais para discutir políticas públicas, financiamento e estratégias de inserção no mercado externo.
O presidente da Sociedade Rural, Flávio Gonçalves Oliveira, destacou os investimentos realizados para modernizar o Parque de Exposições João Alencar Athayde, que completa 68 anos. “Precisávamos de inovações. Reformamos toda a parte elétrica e instalamos uma rede subterrânea, com capacidade para atender a demanda dos expositores e eventos simultâneos. O investimento foi da ordem de R$ 600 a R$ 700 mil. Também avançamos na implantação do SPDA, o sistema de aterramento, com recursos no mesmo patamar”, afirmou.
A previsão de movimentar R$ 400 milhões em negócios é puxada, principalmente, pelo setor pecuário. “A valorização do gado bovino está em alta, com aumento de 30% a 35% nos preços em relação ao ano passado. Isso vai impulsionar tanto os leilões quanto a venda de insumos ligados à pecuária”, explicou.
Flávio também ressaltou o impacto positivo da feira na economia local. “Os vizinhos do parque ganham com a movimentação dos ambulantes e estacionamentos. Dentro da feira, ampliamos de 40 para 60 os estandes da agricultura familiar. A praça de alimentação está mais ampla e confortável. E a fazendinha, espaço educativo gratuito para escolas públicas, já tem 4.500 alunos agendados. Para escolas particulares, cobramos apenas uma taxa simbólica”.