(MANOEL FREITAS)
Quase 500 famílias contempladas no programa “Minha Casa, Minha Vida”, do governo federal, e que deveriam estar vivendo no conjunto Monte Sião IV estão revoltadas com a demora na entrega dos imóveis. Elas estiveram ontem na Câmara para pedir aos vereadores que busquem uma solução para o caso. Há denúncias de que vândalos estariam, inclusive, destruindo parte das moradias.
“Fui contemplada há dois anos e não nos dão uma posição. É um verdadeiro jogo de empurra”, reclama Kátia Amaral, profissional do ramo de segurança que está desempregada.
O diretor de Habitação de Montes Claros, José Geraldo Cardoso, informou à reportagem de O NORTE que para a entrega das casas é necessário o lançamento da rede de esgoto, que seria de responsabilidade da Caixa Econômica Federal e da construtora.
“Manter as casas fechadas é muito pior. Vândalos estão estragando tudo, quebrando os vidros e a prefeitura tem que ir lá e trocar. Um gasto desnecessário. Se as casas estão prontas para morar, por quê não nos entregam?”, questiona Kátia. O Monte Sião IV tem 493 imóveis.
Moradores do Monte Sião II, na mesma região, também aderiram ao protesto na Câmara porque se sentem prejudicados.
“O Monte Sião IV está completo. Tem o equipamento público necessário e que serviria para nos atender, mas como não entregam as casas, nós e os moradores do Monte Sião I e Minas Gerais ficamos prejudicados”, diz a cozinheira Edna Araújo Souza, da associação de moradores.
Sem a possibilidade de conseguir atendimento médico perto de casa, Edna e vizinhos têm que recorrer ao posto de saúde do bairro Planalto, a quase cinco quilômetros do residencial.
Até o fechamento desta edição, a Caixa Econômica não se pronunciou.