Paula Machado
Repórter
Para as pessoas que passam pela estrada da produção a trajetória é complicada e muito perigosa. A estrada com muita poeira, sem asfalto e com pontes em precárias condições já foi palco de vários acidentes como conta seu Lourenço, morador antigo das redondezas.
- Já presenciei dois acidentes aqui na ponte do rio Canoas. Um foi com o carro da própria prefeitura que caiu no rio e outro com um motoqueiro que também caiu no rio com a mulher – afirma Lourenço Lopes Souto.
Estrada em péssimas condições virou rotina em Montes Claros
(foto: XU MEDEIROS)
A estrada que fica localizada próxima a BR-262, além de estar muito suja, quase não possui sinalização. As placas que deviam informar às pessoas sobre o local, se encontram totalmente destruídas, algumas queimadas sem que se possa ler o que está escrito. Os matos à margem da estrada dificultam a pouca visibilidade que há.
- A estrada está abandonada, sem cuidados e tem três pontes perigosas. Para quem não a conhece bem corre perigo de sofrer acidente. Eu mesmo já vi um ônibus que quase caiu, ele só não caiu porque tinha uma árvore que o segurou. Humberto Souza até veio aqui na época inaugurar a estrada, mas hoje não vemos ninguém querendo asfaltar. Não estão nem aí. Não são eles que têm que pegar essa estrada todo dia – diz Flávio Lopes Lima.
O motoqueiro Adilson da Silva, que passa sempre pelo local ressalta a importância de asfaltar e de melhorar as pontes da estrada.
- Essa estrada e as pontes em período de chuva ficam intransitáveis de passar, o rio enche e fica pertinho das pontes. A situação fica mais precária do que já está – diz Adilson.
Segundo seu Lourenço, ao todo são quatro pontes; a ponte do rio Vieiras, a ponte do rio Canoas, a ponte do ribeirão Canabrava e a ponte de São Pedro, todas sem asfalto.- reclama.
PROMESSAS
- Muitas promessas eu já ouvi de vários candidatos a prefeito, mas nenhum assumiu a promessa e trouxe o asfalto – diz indignado seu Lourenço.
- A estrada está em péssima condição. É muito complicado transitar por ela, mas fazer o que? Ninguém faz nada para melhorar e não sei mais se felizmente ou infelizmente precisamos dela – diz o motorista de ônibus Gilmar Gomes Fonseca.
Além dos problemas intermináveis da Estrada da Produção, as pessoas que moram nas redondezas como seu Lourenço e sua família, têm que conviver com a sujeira, o mal cheiro e a poluição do rio Vieiras, que ainda continua servindo como lixo para a população. Detritos, garrafas pet e até mesmo animais mortos são encontrados jogados no rio, o que contribui mais para a degradação do meio ambiente.