Samuel Nunes
Repórter
samuelnunes@onorte.net
Recentemente O Norte publicou matéria referente a aumento de pessoas com dengue, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Na oportunidade, o professor de Medicina da Unimontes, João dos Reis Canela ressaltou que existe na cidade o risco de infecção secundária e febre hemorrágica da dengue.
Moradores de bairros da periferia de Montes Claros pedem a volta do fumacê, tendo em vista o grande número de muriçocas (foto: Wilson Medeiros)
- Se não tiver um controle rigoroso sobre o mosquito, as coisas podem se complicar ainda mais. Esse esforço no combate tem que ser individual e coletivo. A imprensa tem também papel importante ao divulgar e sustentar as informações dando continuidade às mesmas – salientou.
Agora, a preocupação é com os pernilongos e muriçocas que têm se espalhado por alguns bairros da cidade, como Jardim Primavera, Clarice Ataíde, Nova América, Vilage do Lago I e Vilage do Lago II. Nestes bairros, os moradores cobram da prefeitura de Montes Claros, mais especificamente da secretaria de Saúde, a presença do carro do fumaçê e outras providências para romper com a proliferação dos insetos.
FUMACÊ SUMIDO
De acordo com Angélica de Cássia Magalhães, moradora do Vilage I, a última vez que o carro do fumacê passou no seu bairro foi no mês de julho, o que na opinião dela é um absurdo.
- Pois as muriçocas estão tirando o sono de muita gente.
Já uma moradora do bairro Clarice Ataíde reitera as criticas e espera que a administração atual seja mais presente não apenas em seu bairro, como em outros, onde o problema se agrava a cada dia.
- Não entendemos os motivos que impedem o fumaçê de atuar. O carro parou de rodar no nosso bairro. O que queremos é que ele volte a rodar novamente.
CAUSADORAS DE DOENÇAS
Segundo a moradora do bairro Clarice Ataíde, Vanessa Gomes, uma prova de que a situação está partindo para o caos reside no fato dos chamados repelentes que são vendidos em farmácias serem comprados com freqüência pelos moradores, uma vez que a situação está quase que insustentável.
- Enquanto a prefeitura não faz nada para nos ajudar, nós fazemos o que podemos. As crianças são as mais prejudicadas com a atual situação.
Outra preocupação dos moradores é com a transmissão de outras doenças provenientes das picadas de muriçocas e mosquitos, como febre amarela, malária, filarioses e encefalites.
RUAS ESBURACADAS
De acordo com Amanda Soares, moradora do bairro Vilage do Lago I, além das muriçocas e pernilongos que têm tirado a paciência das pessoas, um outro problema é o estado em que se encontram algumas ruas. Ela diz que um exemplo é a rua 26, onde os buracos têm tomado conta de toda a pista e vem atrapalhando o dia a dia dos moradores.
- O nosso bairro está completamente esquecido por esta administração. É preciso que a prefeitura tenha um olhar mais atencioso para com nosso bairro. É interessante que pelo menos algumas ruas sejam cascalhadas, pois na chuva a lama toma conta e na época da seca a poeira se faz presente.