Av. Donato Quintino, uma das mais movimentadas da cidade, próxima a MCTrans (Márcia Vieira)
Em Montes Claros, lotes vagos e espaços públicos abandonados por toda a cidade, tem tirado o sono de moradores e comerciantes. Na Avenida Donato Quintino, uma das principais vias da cidade, entre um e outro comércio de alimentos e medicamentos, o lixo a céu aberto tem incomodado os transeuntes e comerciantes.
“Falam que o lixo foi deixado pelo circo que estava aqui, mas independentemente disso, o poder público deveria ter tomado uma providência e exigido do dono a limpeza. Já tem bastante tempo e foi só acumulando sujeira. Para nós que ficamos o dia todo aqui, o mau cheiro é insuportável e é perigoso até contaminar os alimentos”, disse L. O., funcionário de uma lanchonete.
O comunicador, Carlos Henrique, gravou um vídeo clamando por uma solução para o Centro de Vocação Tecnológica (CVT), localizado na Vila Tiradentes. Da antiga função social para o qual foi criado, com cursos profissionalizantes e educação gratuita, o CVT virou um amontoado de lixo, que inclui documentos, certificados, cacos de vidro, restos de comida e seringas espalhadas pelas dependências.
De acordo com o comunicador, o espaço está abandonado há mais de dois anos. “Já acionamos a prefeitura por meio de ofício, fizemos vídeos e embora exista a promessa de trazer para cá a Esurb (autarquia da prefeitura), nada foi feito”, disse Carlos, ressaltando que tem setores da prefeitura que pagam aluguel de imóvel na região, enquanto aquele espaço está ocioso e trazendo perigo para os moradores das adjacências que precisam passar pelo local.
No Bairro Augusta Mota, um lote entre as ruas Henrique Chaves e Mauro Moreira é frequentemente alvo de reclamação dos moradores.
“O mato é tão alto que algumas vezes quase fecha a rua. Já reclamamos na prefeitura. Vem alguém, passa um trator e em menos de dois meses está todo sujo novamente. Falta uma medida drástica da prefeitura contra os donos de lotes. Eles não moram próximo, então deixam a sujeira e o perigo para quem mora. A solução é exigir que os proprietários coloquem muro nos lotes. Só quando doer no bolso, eles vão sentir”, diz o morador Diego Alves Fonseca.
A engenheira Bruna Lima teme pelas filhas de três e cinco anos e também se posicionou sobre o que considera passividade do poder público. “Não deixo mais elas brincarem no prédio. Os animais peçonhentos são um perigo e o lote está cheio deles. Infelizmente temos que conviver com essa situação porque a prefeitura não age com rigor”.
No bairro Morada da Serra, a professora Gil Veloso está sendo penalizada com o mato que cresce rápido ao lado da sua casa.
“Pago do meu bolso para limpar o lote, que pertence a uma empresa bem conceituada. O mato cresce rápido e é muito perigoso. Já estive na prefeitura, mas eles demoram para tomar uma atitude. É uma obrigação dos proprietários e eles é que deveriam responder por isso”, desabafa.
Buscada pela equipe de reportagem, a prefeitura ainda não emitiu nenhum pronunciamento sobre os casos mencionados até o encerramento desta edição.