Samuel Nunes
Repórter
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Segundo o subdelegado do ministério do trabalho de Montes Claros, Ernesto Veloso Costa, em 2006 mais de 40 mil trabalhadores do norte de Minas saíram para o interior do estado de São Paulo para trabalhar nas lavouras e usinas de cana-de-açúcar. De acordo com ele o ministério tem enfrentado dificuldades, pois apenas nove fiscais realizam os trabalhos em toda região no combate aos maus tratos às pessoas que vão trabalhar nestas usinas, e também em carvoarias em algumas cidades do norte mineiras. Ernesto Veloso revela que em algumas fazendas, mais especificamente nas carvoarias, famílias foram encontradas dormindo no chão e comendo carne e sebo, o que para ele é triste.
CONDIÇÕES DE TRABALHO
Indagado quanto às condições de trabalho na construção civil em Montes Claros, o delegado afirma que as empresas estão mais bem equipadas e que, portanto o índice de acidentes ou morte no trabalho diminuiu. Ele conta que foram registradas recentemente quatro mortes em metalúrgicas nas cidades de Várzea da Palma, Bocaiúva e Montes Claros. Segundo ele pode ter acontecido mortes em empresas onde não tem registro no Crea- Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura. Ernesto Costa explica que algumas medidas têm que ser tomadas como proteção da própria empresa e do empregado através de equipamentos que garantam a segurança no caso específico do uso de capacetes e botas por parte do empregado. Na opinião dele muitos dos acidentes que ainda acontecem é por imprudência da empresa, o que é classificado como um ato inseguro.
Segundo ele uso da máscara por pessoas que trabalham na concretagem é importante para proteger da poeira de cimento.
– Muitas vezes o empregado não se importa com os cuidados que deve ter no trabalho, dispensando os equipamentos de segurança, diz, que diz que também ocorre muito a doença ocupacional conhecida por LER- Lesão por Esforços Repetitivos.