Samuel Nunes
Repórter
Foi tema de audiência na câmara nesta semana a criação de um Caps - Centro de atenção psicossocial infantil no município. A resolução da secretaria municipal de Saúde 2.388/2010 oferece um incentivo financeiro de R$ 60 mil para a implantação do centro.
A cidade conta hoje com uma unidade de Caps Adulto, que presta atendimento a pessoas com transtornos mentais e decorrentes do uso de substâncias psicoativas. Entretanto, representantes de várias entidades representativas afirmam que não há suporte para atender as crianças e adolescentes que também procuram pelos serviços oferecidos.
Para o psicólogo Carlos André, o lugar mais adequado para atender este público não é o Caps Adulto, mas um lugar criado especialmente com este objetivo.
A conselheira tutelar Barcelona Gerlia criticou o veto do prefeito à emenda que repassaria recursos às entidades que cuidam de crianças e adolescentes. A câmara municipal, também, na oportunidade, acatou o veto do executivo.
- Em relação à necessidade do Caps infantil e à possibilidade de o estado conceder o benefício, o município não pode desperdiçar a verba, já que há a necessidade da clínica deste tipo de atendimento às crianças e adolescentes da cidade. Isto é urgente - afirma a conselheira.
A defensora pública Maurina Fonseca Mota, por sua vez, disse que o problema psicossocial só será resolvido com o Caps I. A criação de uma unidade em Montes Claros amenizaria as dificuldades das famílias dessas crianças, segundo Maurina.
- A defensoria pública somente atua quando o problema chega à esfera judicial. Ou seja, até aí a criança já cometeu vários atos ilícitos. O Caps infantil é uma medida urgente e é preciso sensibilizar o executivo para a importância da sua implantação. Montes Claros já é uma cidade de grande porte e é inconcebível a falta de interesse do município na instalação da unidade na cidade - finaliza.