PRÓLOGO -  CHOQUE CULTURAL

Fim de semana movimentado no âmbito cultural. Orquestras, corais, companhias líricas, todos se apresentando num mesmo fim de semana. É preciso que haja uma sintonia entre os setores, digo secretaria de Cultura e Conservatório. Sexta-feira, por exemplo, o público que já não é tão grande e muito menos bem formado, ficou extremamente dividido entre as apresentações do Coral Lorenzo Fernandez, na Igreja da Nossa Senhora Rosa Mística e da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, na Praça da Matriz. É preciso comunicação entre os setores para que dêem oportunidade à população de prestigiar eventos desse nível. É lamentável que isso aconteça.

Agora, lamentável mesmo é perceber que muitos os que vão assistir tais eventos, ainda não se deram conta que apesar de todo o esforço dos fomentadores da cultura em levar arte de qualidade ao povo, é preciso em contrapartida, nos educar para esses eventos. Ora, não se assiste um concerto como se estivesse num show popular. Não estou falando do mérito entre o popular e o erudito. Mas convenhamos, nesses eventos onde a afinação é precisa, precisamos desenvolver nossa percepção e aguçar nossos sentidos. É fundamental nos desdobrar para perceber de forma ampla toda a riqueza musical das árias, das peças e dos atos.

Então se você se propõe a prestigiar eventos eruditos comece a se educar em casa. Escolha uma música suave, de preferência instrumental e comece interiorizar seus sentimentos e estimular sua percepção. Com certeza ao chegar num evento desses, seja numa praça, na Igreja ou num auditório, você estará apto a apreciar com mais exatidão toda a riqueza da obra apresentada. E não se esqueça, algumas regras de bons modos são imprescindíveis e todos aplaudem a boa conduta.

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I ATO - É PRECISO FORMAR PLATÉIA

Estou horrorizado, com a falta de educação nos eventos neste fim de semana. Vejamos então algumas regras que podem ajudar a não desafinar nesses momentos:

Pontualidade é importante, tanto para quem apresenta os espetáculos, quanto para quem vai prestigiar. Fica difícil exigir que o público seja britânico, se na realidade muitas vezes os artistas e a produção não se organizaram. No cinema, por exemplo, é muito comum vermos aqueles atrasadinhos que passam na frente da tela no início, no meio e até no fim do filme. Alguns gritam, chamam pelos amigos avisando-os que suas poltronas estão guardadas. Em meados de 1999, lembro-me, que assim que voltei dos meus estudos no Rio, onde pude conhecer várias salas de cinema de qualidade fui aos novos cinemas que Montes Claros passava a ter. Na época levei minha saudosa mãe que desde os extintos cines Lafetá e Montes Claros, não desfrutava do prazer da sétima arte. Saímos de lá horrorizados, o público estava excitadíssimo com as novas salas, imaginem a euforia que se fazia no recinto. De lá pra cá pouca coisa mudou, acredito que será preciso uma intervenção por parte dos promotores de eventos, administradores de espaços culturais para que se forme e qualifique platéias.

Nos teatros, e também nos concertos, atraso é algo que interfere diretamente nas apresentações, pois não só atrapalha o público como também tira a concentração de quem está no palco. É imperdoável. Atrasou? Espere pelo primeiro intervalo para se sentar.

A comida é algo que deveria ser proibido em todos os espaços, aliás, só combinam com circos e ginásios. Algumas salas de cinemas ainda permitem tal prática, afinal pipoca já se tornou uma tradição. Mas não implica que você vá comer como se estivesse na sala de televisão da sua casa, olhe os bons modos aprendidos na infância. Evite levar chocolates, refrigerantes, salgadinhos, mas caso a sala permita, esses deverão ser abertos antes de se entrar na mesma, para evitar aquele barulho de papel amassado que soa como uma trombeta nos nossos ouvidos.

São várias as gafes que se cometem nesses recintos, pôr os pés na cadeira da frente como se estivesse em uma espreguiçadeira. Mas terrível mesmo é o tal do cochicho; em gente que não consegue ficar duas horas em silêncio e adora ficar tricotando nos espetáculos. Nos concertos isso é extremamente deselegante. Nos teatros e no cinema, o máximo que você deve se permitir fazer é gargalhar na hora certa no caso de uma comédia. Lembre-se, o riso, assim como a boa comédia, tem o tempo preciso.

Eu poderia ficar aqui citando vários exemplos, mas devo encerrar por aqui e escolho o aplauso para esse fechamento. O aplauso é a maior recompensa para os artistas, mas só o aplauso na hora certa. Em concertos, não se aplaude entre um movimento e outro, e sim no final da peça. Não é um questão de frescura e sim uma regra que favorece a concentração dos músicos. No teatro é permitido aplaudir uma cena muito boa, mesmo que antes do fim do ato ou da peça, isso demonstra uma saudação ao talento dos atores em determinada cena.

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INTERMEZZO

A apresentação do Concerto La Clemenza Di Tito foi prestigiadíssima. O público se acotovelava para assistir uma das grandes obras de Mozart. Os cantores estavam afinadíssimos, ao piano um profundo conhecedor da obra de Mozart, Neri Contin. A brilhante direção musical de Regina Coelho e regência de coro de Roberto Mont’Sá, deram à obra merecida relevância.

Vale acrescentar que os artistas precisam trabalhar mais a expressão facial sem prejudicar a impostação. É Preciso também interagir nos duetos e terzettos. Como dizia Isadora Duncan: “O corpo fala”, não é porque estamos numa apresentação erudita que devemos ser tão tensos. Mesmo num concerto é preciso nestes momentos desvencilhar um pouco da partitura e deixar a emoção fluir.

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II ATO - VISUAL REPAGINADO

Denise Melo está repaginada. Ela adotou o visual colcci de ser. Com certeza essa nova mulher tem a assessoria de sua filha Renata Frota. Acadêmica do curso de Design e de extremo bom gosto ela agora responde pelo novo visual da mãe. Em recente encontro com Denise, em um supermercado da cidade, aprovei sua versão 2006/2007, o cabelo com leve balaiagem, óculos que eu mesmo sugeri uma mudança, pois o antigo não valorizava o seu rosto e não tinha o seu DNA. Agora a mudança foi total, roupas leves e despojadas. A D O R E I. E para comemorar, ela e seu esposo Tatu convidaram-me para um almoço no sábado. Sugeri o menu: um Rosbife de Frango com banana, pimenta caiena e coury. O prato foi assinado pelas mãos da conhecida Tunica. No fim da tarde, assumimos o papel de barman e degustamos vários coquetéis. O encontro foi muito agradável e o próximo já tem data marcada. Agradeço pela excelente receptividade.

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HOLOFOTES

Alessandra Freire e Daiane em recente acontecimento social. Alê é Market adviser e atende hoje grandes empresas. Outra peculiaridade da garota são os dotes culinários. Vai um recado: O pequi está chegando, não se esqueça dos nossos tradicionais encontros. Beijos

Moisés está a mil se preparando para o sensacional desfile que estarei promovendo na cidade de Janaúba. Ele arranca suspiros por onde passa. Na foto quando foi produzido para o nosso site

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EPÍLOGO

Um conhecimento mais humilde de si próprio é um caminho mais seguro para Deus do que a profunda pesquisa das ciências.


TOMÁS DE KEMPIS