Samuel Nunes
Repórter
Na edição de O NORTE de ontem, Maria Aparecida Ribeiro, moradora do Bairro Alto da Boa Vista, tia de Daniela Ribeiro, 26, que morreu na última semana com suspeita de dengue hemorrágica, disse que o hospital Alpheu de Quadros é tido como referência no atendimento a pacientes com dengue mas não dispõe do mínimo de estrutura.
A reportagem entrou em contato com o diretor geral do hospital, Rodrigo Passos, que afirma que foi aberta uma sindicância para detectar se houve algum tipo de negligência no atendimento a Daniela Ribeiro. De acordo com ele, foi realizada acareação com os profissionais que atenderam a paciente e ficou constatado que não houve negligência.
- As três vezes em que a Daniela Ribeiro veio ao hospital ela foi atendida diante de todos os procedimentos adotados pelos quatro profissionais médicos e mais enfermeiros. Portanto, não temos qualquer responsabilidade na morte de Daniela Ribeiro - disse.
Rodrigo afirma que o óbito de Daniela era inevitáve, uma vez que todos os procedimentos comuns àquele tipo de situação foram colocados em prática, não somente no hospital Alpheu de Quadros mas também no Aroldo Tourinho. Tanto que, de acordo com ele, o laudo da morte da jovem constata causa desconhecida.
Quanto a falta de infra-estrutura denunciada pela tia de Daniele, Rodrigo Passos diz não concordar com esta opinião.
- Temos estrutura, sim. Não foi constatada em nenhum momento qualquer falha da nossa parte - afirmou.
Quanto à demora no atendimento, Rodrigo disse que o hospital dispõe de três clínicos e dois pediatras e a demora muitas vezes acontece em virtude da sobrecarga no atendimento.
Segundo o diretor, passam pelo hospital Alpheu de Quadros cerca de 150 pessoas por noite em busca de atendimento e os profissionais que ali trabalham procuram atender da melhor maneira possível a população.
Uma nota oficial informando de forma técnica todos os procedimentos adotados no atendimento de Daniela Ribeiro será enviada nesta quinta-feira à imprensa.