Fabíola Cangussu
Repórter
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O primeiro de dezembro, data mundial da luta contra a Aids, foi marcado por campanha de esclarecimento da população sobre a doença e a prevenção, com a ajuda de voluntários do Grappa – grupo de Apoio à Prevenção e aos portadores de Aids e da UPM – União Popular de Mulheres de Montes Claros. O slogan Sua atitude tem força na luta contra a aids, demonstra que a sociedade é fundamental no combate e controle da doença.
Dia primeiro é marcado por campanha de
conscientização (foto: FABÍOLA CANGUSSU)
O vendedor Weigan Mendes, 20, disse que campanhas desse tipo são de fundamental importância para relembrar os jovens que essa doença é séria, e a prevenção é o melhor caminho – Sexo tem de ser seguro, a camisinha precisa fazer parte do cotidiano de todos, principalmente dos jovens- comenta o vendedor, alegando usar o preservativo em todas as relações sexuais.
- A campanha é ferramenta de esclarecimento. É uma ajuda social. Não podemos permitir que, cada vez mais, nossas adolescentes se contaminem por falta de informação. Precisamos descobri meios de discutir esse assunto durante todo o ano – disse Noely Martins Oliveira, 31, estudante.
O direito de o jovem exercer sua sexualidade e usar camisinha, tema da campanha deste ano, foi defendido por Lucilene Pereira, 24, secretária, que afirmou a necessidade das pessoas vencerem os tabus, principalmente os homens que ainda utilizam discurso ultrapassado de que o preservativo diminui o prazer, e que não vão se sujeitar a isso, elevando o número de mulheres infectadas.
- O pré-natal, direito garantido a todas mulheres grávidas deve ser mantido e exigido. Esse teste ajuda a diminuir o número de crianças infectadas pelo vírus HIV, e garantindo qualidade de vida a criança - alerta Tate Viana, coordenadora do Grappinha e voluntária do Grappa há 15 anos.
Tate informa também, que existem 46 crianças na região atendidas pelo grappinha. O número exato de infectados, a entidade não possui. A informação disponível é que 370 pessoas fazem o tratamento.
Todos envolvidos na luta contra a Aids são unânimes em dizer, que os números reais são muitos superiores aos registrados, pois o preconceito e a desinformação dificultam o acesso dessas pessoas ao tratamento.