Deficiente visual demonstra determinação e vontade de viver

Jornal O Norte
Publicado em 29/11/2007 às 10:42.Atualizado em 15/11/2021 às 08:24.

- Com fé é perseverança se chega a qualquer lugar. É esta a frase predileta da professora e pedagoga Antônia Aparecida da Silva. Deficiente visual, desde os três anos de idade, depois de ser acometida por um sarampo, afirma que o fato de não enxergar não a atrapalhou para seguir em direção aos seus objetivos, pelo contrário, serve de estimulo para novas conquistas.






Com habilidade, ela lida de maneira eficiente com as teclas da


máquina de datilografia
(foto: WILSON MEDEIROS)



Casada com o fiscal do Procon, Luiz Marcos Pessoa, desta união, nasceu três filhos, Raissa, 06 anos, Yuri, 07 anos e Igor de 11 anos.



- Durante vários anos estudei no instituto São Rafael, em Belo Horizonte. Lá aprendi o método Braille e vim para Montes Claros, onde estudei no colégio Tiradentes, onde atualmente sou professora no centro de apoio à Pessoa com Deficiência Visual e também funcionária da prefeitura de Montes Claros.


 


FACULDADE



Antônia se lembra, com saudosismo, da sua corrida para uma vaga no curso de pedagogia da Unimontes. Revela que na época não existia o sistema de cotas e teve que lutar com todas as forças para pleitear uma vaga nesse curso.



Com o advento do computador e com ajuda de um programa de voz, ela também está na rede mundial de computador



- Formei em 1990, foram 18 candidatos por vaga, graças a Deus consegui o meu objetivo. Sou a professora pioneira do método Braille, em Montes Claros.



Frisa que quando estudava, pela deficiência visual tinha que fazer as provas datilografadas, entretanto, com o advento do computador e da internet tudo ficou mais fácil. Demonstrando habilidade ao manusear o teclado do computador, ela evidencia mesmo, é o seu amor para com a máquina de datilografar. Sem o auxílio de qualquer programa, digita de maneira ágil e, sobretudo, sabe discernir com precisão cada letra do teclado da velha máquina de datilografia.



PRECONCEITO



Sobre a existência de preconceito para com a pessoa com deficiência, ela, conta, que é camuflado. Salienta que no seu caso específico, a professora Ieda Romano, foi fundamental para o seu sucesso profissional, uma vez, que foi no centro de Educação Continuada que conseguiu o seu primeiro emprego. Frisa que as dificuldades enfrentadas foram ideais, tendo em vista, que cada obstáculo enfrentado, é utilizado como degrau para conseguir seus objetivos. (SN)

Compartilhar
Logotipo O NorteLogotipo O Norte
E-MAIL:jornalismo@onorte.net
ENDEREÇO:Rua Justino CâmaraCentro - Montes Claros - MGCEP: 39400-010
O Norte© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por