Depois de dois anos suspenso - em 2020 devido à pandemia e em 2021 por falta de recursos - , o censo voltou a ser realizado pelo<EM>Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) voltou a realizar a pesquisa de coleta de dados que possibilita traçar o perfil da população brasileira e a realidade socioeconômica do país. 

Atualizado a cada 10 anos, o último foi realizado em 2010 e apontava em Montes Claros uma população de 417 mil habitantes.

Moradora do bairro Morada do Parque, Maria Zita Freitas, já recebeu a visita dos agentes e afirma que ficou satisfeita por poder contribuir. “Acho importante. Foi rápido e tive um pouquinho de dificuldade na questão da cor, mas eles ajudaram e foi tranquilo. Achei importante estarem uniformizados e eu estava sabendo que já haviam começado as visitas. Se não estivessem identificados eu nem abriria o portão”, destacou.

A preocupação da moradora é comum e para isso, o Instituto disponibiliza ferramentas que podem comprovar a legitimidade dos agentes. 

“Abrir a porta para o IBGE é um ato de cidadania. A pesquisa é para saber quantos somos e como somos. O recenseador usa colete, crachá com um QR code que pode ser escaneado e pelo site ‘ respondendo.ibge.gov.br ‘ , o morador poderá verificar a identidade do recenseador. Importante também destacar que temos o telefone 0800 721 8181 e por ele a população pode entrar em contato e verificar se a pessoa é do Instituto IBGE ou não”, informou Paulo Cícero Borges, representante do IBGE na cidade, acrescentando que as informações repassadas pelos moradores são protegidas por sigilo.

De acordo com Paulo, em Montes Claros estão trabalhando no processo 332 recenseadores, 36 supervisores e mais três agentes censitários de administração e informática, escolhidos por meio de concurso público. A cidade é dividida em regiões, os chamados “setores censitários”, previamente georeferenciados pelo Instituto. Os endereços se dividem em domicílios e estabelecimentos, sendo estes de qualquer finalidade, como ensino, saúde e outros. Os moradores são entrevistados em suas residências, mas todos os estabelecimentos são registrados, para compor o cadastro nacional de endereços com fins estatísticos. A organização objetiva a cobertura total para que ninguém fique sem ser recenseado. Caso o agente não encontre ninguém no endereço, ele volta ao local em três outras oportunidades e em horários diferenciados.

Trabalho minucioso
O trabalho do IBGE é minucioso e iniciado bem antes das entrevistas com o morador. De acordo com o Instituto, o Censo gera produtos diversos, como mapeamento cartográfico, mapa de todo o município, conferência do mapeamento digital com a realidade do local e características urbanísticas do entorno da cidade e do domicílio, que apontam itens como arborização, iluminação, rampa, abastecimento de água, esgotamento sanitário. O trabalho em campo foi feito em junho com os supervisores visitando os logradouros dos dois lados do quarteirão e fazendo a verificação. O mapeamento pode identificar por exemplo, se novas ruas foram abertas. Quando identificada incoerência, é feita a correção cartográfica.

A etapa da entrevista é uma das últimas e colhe informações sobre núcleo familiar, idade, quantidade de filhos, cor e raça, fecundidade, migração escolaridade, trabalho e renda e deficiências. O novo Censo traz como novidade a inclusão dos autistas. Caberá ao recenseador identificar se existem uma ou mais pessoas diagnosticadas com essa condição durante as visitas.

O Censo será finalizado no próximo mês de novembro. Até lá, o Instituto pede que a população exerça a cidadania recebendo os recenseadores e respondendo as questões levantadas

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