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Quarta-Feira,27 de Agosto

Criança de um ano luta para encontrar doador de medula óssea

Jornal O Norte
Publicado em 26/03/2011 às 08:54.Atualizado em 15/11/2021 às 17:25.

Ainda é muito grande a demanda por doações de medula óssea, mas muitas pessoas sequer sabem a importância do procedimento. A medula é encontrada no interior dos ossos e é popularmente conhecida como tutano. Ela produz os componentes do sangue, incluindo as hemácias, que são responsáveis pelo transporte do oxigênio na circulação. E também os leucócitos, agentes mais importantes do sistema de defesa do nosso organismo, e as plaquetas, que atuam na coagulação do sangue, conforme explica a responsável pela captação e cadastro de doadores Rosana da Silva.



João Pedro tem um ano e sete meses de vida, dos quais seis meses ele já passa dentro do hospital à procura de um doador de medula compatível. A tia do menino, Maria Cândida Vieira, concedeu entrevista ao O Norte e relatou as dificuldades enfrentadas pela família que mora na cidade de Brasília de Minas, mas que tem parentes em Montes Claros, em se submeter à espera por um doador.



Entrevista concedida ao jornalista Samuel Nunes.



- Quais as dificuldades para se encontrar um doador de medula para João Pedro?



- A probabilidade de achar doador compatível é maior entre irmãos (25%), mas João Pedro é filho único. Outra dificuldade é que, no caso do transplante de medula óssea, são comparados 10 itens na tipagem de HLA (conjunto de genes) e todos têm de coincidir. Portanto, a compatibilidade deve ser 100%, diferente de outros órgãos, cuja compatibilidade pode ser menor.



- Como tem vivido este garoto nos últimos meses?



- Ele ficou internado 1 mês no Hospital Universitário, em Montes Claros, e depois foi transferido para o Hospital das Clínicas, em Belo Horizonte. Ontem, 25 de março, ele completou um ano e sete meses de vida, dos quais 6 meses ele tem vivido dentro do hospital, intercalando períodos de estado geral bom com recaídas e febre devido à imunidade baixa.



- Quantas pessoas até agora já manifestaram interesse em colaborar com a família?



- Muitas. Em números, mais de 100 pessoas já entraram para o cadastro nacional de doadores de medula, após o início da nossa campanha. E muitos doaram sangue também em nome dele.



- Desde quando foi constatada a necessidade de transplante e como a família reagiu diante desta necessidade?



- Assim que o diagnóstico da síndrome hemofagocítica foi confirmado, nos foi colocado que o tratamento seria de oito semanas, podendo ser repetido caso não obtivesse resultado. Após esses procedimentos, a opção seria o transplante. No final das oito primeiras semanas, já começamos a pensar no transplante e a nossa reação foi de dar continuidade à campanha iniciada por amigos no Orkut. No momento, estão sendo realizados exames nos parentes mais próximos, já que o pai e a mãe não foram compatíveis.



- Qual o apelo que a família faz para a população de Montes Claros?



- Que se inscrevam no cadastro nacional de doadores de medula no Hemominas e divulguem o máximo possível, pois quanto maior o número de voluntários inscritos, maiores as chances de João Pedro e de muitos outros pacientes, que nesse momento precisam de um transplante.



Interessados em ajudar João Pedro podem se dirigir ao Hemocentro em Montes Claros que fica localizado na rua Urbino Viana, 640, Vila Guilhermina. A população pode agendar doações pelos telefones: (38) 3218-7813 ou 3218-7814.


 

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