Samuel Nunes
Repórter
Sem precisar o número de trabalhadores, mas, em percentuais, de acordo com o sindicato dos trabalhadores da indústria têxtil de Montes Claros, o grupo Coteminas concederá férias coletivas de 30 dias a 60% dos operários que trabalham no grupo, no período de 20 de dezembro a 18 de janeiro.
Segundo Maria Eliana Ferreira Santos, presidente da junta governativa do sindicato, quanto às empresas Sebratex e Lençol, também pertencente ao grupo das empresas do vice-presidente da República José Alencar, haverá concessão de 10 dias de férias uma vez que estas têm produção em andamento.
Para os operários da Sebratex e Lençol, as férias
concedidas serão de 10 dias
A sindicalista revela a preocupação do sindicato em relação às férias coletivas, uma vez que, na história das unidades da Coteminas na cidade, esta é a primeira vez que isto acontece.
- É preocupante esta situação tendo em vista que pode comprometer o orçamento de várias famílias. Com as férias, estas famílias precisarão de tempo para recuperar a vida financeira, avalia.
Maria Eliane diz que a alegação da empresa é de que há excesso de estoque no setor de fiação e tecelagem e o preço do algodão que de 2 reais passou para 6 reais o quilo, aumento de aproximadamente 200%. Segundo ela, férias coletivas é um instrumento constitucionalmente legal, amparado por lei, devendo a empresa comunicar ao sindicato da categoria e ao ministério do Trabalho 30 dias antes à medida a ser aplicada.
A sindicalista afirma que a expectativa da categoria e do sindicato é que os operários voltem a trabalhar normalmente no dia 18 de janeiro.
CRESCIMENTO
Maria Eliane dia que há grande expectativa da categoria em se tratando da presidente eleita Dilma Rousseff. De acordo com ela, há a necessidade do governo abrir cada vez mais o mercado brasileiro e fortalecer o segmento da indústria têxtil no país.
- Montes Claros é uma cidade que cresce a cada ano, e o segmento da indústria têxtil não poderia ser diferente. Apesar, por exemplo, da concorrência com o mercado chinês, nossa expectativa é de que 2011 seja melhor do que 2010 neste setor. O sindicato naturalmente continua trabalhando na busca de melhorias em defesa do trabalhador - diz.
O NORTE tentou contato com representantes das empresas citadas, mas até o fechamento desta edição não obteve êxito.