Helen Santos
Repórter
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As altas temperaturas que a cidade de Montes Claros vem enfrentando, não é mais nenhuma novidade para os quase 400 mil moradores da maior cidade do Norte de Minas. Porém, nos últimos quinze dias a situação se agravou e os termômetros registraram até 40 graus durante o dia, e 30 graus à noite, de acordo com o instituto Climatempo, marcas essas que bateram recorde que vinha sido mantido há mais de 2 anos na cidade, e a sensação de calor para a população é uma das piores conseqüências.
Vendedores de água mineral da cidade informam que o aumento das vendas chega a 40%, e que muitas vezes o volume de pedidos é tanto que os clientes pedem três ou quatro garrafões de 20 litros de uma só vez.
O técnico de meio ambiente da Copasa, José Ponciano Neto, responsável pelo sistema de distribuição Verde Grande, onde fica localizada a barragem da empresa no Rio Juramento, informa que na última quinzena do mês de outubro houve um aumento em 50% no consumo de água em toda a cidade.
E que os 100% de capacidade da barragem caiu para 70%, tendo o reservatório abaixado em três metros e meio do nível ideal.
Existe outro sistema de distribuição da Copasa no Bairro Morrinhos, que está operando durante dia e noite em médio porte, diferente da época das chuvas e das temperaturas mais baixas.
No caso do Verde Grande, que tinha vazão de 480 litros por segundo, agora opera com 400 litros por segundo; já o sistema dos Morrinhos, que abastecia determinada região com vazão de 380 litros por segundo, agora fornece somente 300 litros/s.
Em comparação com dados do ano passado, nos meses de outubro e novembro já deveria ter chovido o equivalente a 150 milímetros de água e, por enquanto, só caíram 10 mm.
A Copasa informa ainda que dispõe de três grandes poços artesianos de emergência, caso a estiagem se prolongue por mais alguns dias ou até meses. A palavra de ordem agora é a conscientização, principalmente para aquelas pessoas que moram na região mais baixa da cidade que, se não souberem usar moderadamente esse bem, vão acabar prejudicando o fornecimento de água para pessoas que moram nas partes mais altas da cidade.