Samuel Nunes


Repórter


samuelnunes@onorte.net

Duas pessoas que pediram para não ser identificadas procuraram a reportagem de O Norte na manhã de sexta-feira, 28, e reclamaram do valor da tarifa social cobrada na conta de água pela Copasa.

- Eles não nos avisaram do aumento da taxa. Antes a tarifa que era paga por 10 mil litros gastos, hoje é por apenas 6 mil litros. A Copasa reduziu a quantidade de litros de água que podemos gastar e pagamos o mesmo valor de antes, o que não é justo, disse.

A Copasa diminuiu a quantidade de água da tarifa social de 10 para 6 mil litros como uma alternativa para que a população consuma menos (foto: Wilson Medeiros)

A reportagem de O Norte foi buscar junto à Copasa uma explicação sobre a situação e o engenheiro de produção William Machado disse que a informação de que não houve um comunicado prévio por parte da Copasa não procede. Segundo ele a norma estabelecida pela Copasa está em vigor desde 01 de março deste ano.

- Informamos sobre o aumento em todos os veículos de comunicação do estado. A Copasa não poderia tomar esse tipo de medida sem comunicar aos seus clientes, diz o engenheiro salientando que a empresa diminuiu a quantidade de água da tarifa social de 10 para 6 mil litros como uma alternativa para que a população consuma menos, já que muitas pessoas estavam reclamando que gastavam 3 mil litros e pagavam por 10 mil, o que em sua opinião não é justo.

William Machado diz que com a medida as pessoas vão ficar mais atentas e não vão desperdiçar água, o que, segundo ele, é imprescindível.

DESPERDÍCIO

William Machado conta que, principalmente em períodos de seca, é importante que o consumidor gaste apenas a água necessária e não desperdice, pois o volume do líquido reduz consideravelmente.

O engenheiro conta que já está para começar a obra de duplicação da adutora da barragem de Juramento que vai aumentar em 50% a produção de água, favorecendo o abastecimento. William revela que muitas pessoas na cidade, muitas até certo ponto de boa condição financeira, usam ligações clandestinas o que, segundo ele, é lamentável.

Ele ressalta que a empresa está fazendo campanhas para redução do desperdício de água, e que brevemente todas as redes antigas feitas de ferro fundido, cimento ou amianto serão trocadas por PVC, o que garantirá uma maior durabilidade e segurança na rede de água e esgoto do centro de Montes Claros.