Samuel Nunes


Repórter


samuelnunes@onorte.net

A reportagem de O Norte foi informada na manhã de ontem, terça-feira, por uma pessoa que prefere não se identificar, que estaria acontecendo irregularidade nos concursos públicos do estado de Minas Gerais na área de educação.

- Um exemplo: a pessoa tenta o concurso para a cidade de Januária fica lá por um período de seis meses e depois tenta transferência para Montes Claros e consegue. Quando acontece isso a pessoa que está na lista de espera fica prejudicada, pois ela nunca vai ser chamada - diz.

A reportagem de O Norte esteve na 22º delegacia regional de ensino e foi informada pela inspetora Marlene Porto que esta informação não procede. Ela conta que pela legislação vigente isto não fere o direito de quem é concursado. Marlene Porto acrescenta que a legislação dá a ordem de classificação e que, portanto, os cargos do edital já estão preservados.

O assistente técnico educacional da delegacia regional de ensino, Antônio Augusto, afirma que o fato de uma pessoa passar no concurso público do estado não lhe garante o direito de ser chamada, mas, quando o concurso é homologado, aí surge uma possibilidade para tal.

– O concurso tem validade de dois anos podendo ser prorrogado por mais dois, se a pessoa não for chamada neste período, perde a chance - diz Antônio Augusto.

SEM GARANTIAS

Antônio Augusto revela que no último concurso para licenciatura plena em Português foram classificados 164 pessoas. Ele diz que estas obtiveram pontuação mínima para se classificarem, no entanto, apenas quatro pessoas foram nomeadas. Na disciplina de História, 91 pessoas se classificaram e três nomeações ocorreram. Por último, ele diz que para Geografia, onde 91 candidatos se classificaram, apenas três foram nomeados.

Antônio Augusto afirma ainda que o fato de a pessoa ser nomeada no concurso não quer dizer que ela vá tomar posse.