Hélio Machado
Colaboração para O NORTE
Buscar alternativas eficazes para o comércio enfrentar a crise econômica mundial e se manter em atividade. É com este espírito que o setor funciona nesta quinta-feira em Montes Claros, embora seja feriado municipal em comemoração do Dia da Consciência Negra. Diante da necessidade de aumentar as vendas neste período que antecede ao Natal e festejos de final de ano, os Sindicatos do Comércio Varejista e dos Empregados no Comércio firmaram acordo coletivo nessa terça-feira para que o comércio funcione normalmente. O acordo se deu em função da manifestação de vontade externada pelos empresários e funcionários. O feriado, criado através de lei do vereador Lipa Xavier, do PCdoB e sancionada pelo Executivo vem gerando polêmica na cidade.
Preocupado com mais um feriado, que impedia o comércio de vender mais, o empresário Humberto Souza Lima, presidente do Sindicato do Comércio Varejista, estimulado pelos associados, procurou o presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio, Osanan Gonçalves dos Santos e apresentou a proposta. Depois de algum tempo de conversa, os dois chegaram à conclusão de que deveriam firmar acordo coletivo, para as lojas abrirem normalmente amanhã, em função da perspectiva de aumento das vendas para o Natal. "O comércio tem que buscar meios para faturar mais e enfrentar a crise mundial que também nos afeta", justifica o empresário, para quem a medida é coerente e sensata de ambas as partes.
Consta do acordo coletivo que os funcionários receberão em dobro o dia trabalhado, como também terão ainda em janeiro, um dia de folga como compensação. Com o funcionamento nesta quinta, os lojistas acreditam que terão condições de aumentar as vendas, já que muitas pessoas que estarão de folga, em função do feriado aproveitarão para antecipar as compras. "Não podemos perder a oportunidade de vender mais neste período, o melhor do ano, em que todos reservam dinheiro para comprar, trocar presentes", sustenta o empresário.
PREVISÃO
O Sindicato do Comércio Varejista chama atenção dos associados que já estava previsto na Cláusula 31 da Convenção Coletiva de Trabalho que o setor de alimentos poderia funcionar nos feriados, com a remuneração em dobro.