
Um homem, a atual companheira dele, a ex-mulher, foram presos na manhã de ontem acusados de subtrair, adulterar e revender combustível em uma casa no bairro Major Prates. Segundo a Polícia Civil, a suspeita é a de que o trio chegava a revender cerca de 200 litros por dia.
De acordo com a polícia, o homem, dono de transportadora, era responsável por levar o combustível da distribuidora para os postos. Ele então levava o caminhão para casa, onde retirava o produto para depois adulterar e vender.
“As pessoas iam até a casa para comprar, já existia uma clientela”, disse o delegado responsável pelo caso, Alberto Tenório Cavalcante Filho.
A polícia chegou até a casa após denúncia anônima. Durante a operação foram apre-endidos aproximadamente 620 litros de combustíveis – 400 litros de gasolina, 200 de óleo diesel e 20 de óleo B100. De acordo com o delegado, somente depois da perícia será possível afirmar se os combustíveis apre-endidos estavam ou não adulterados.
Eles foram presos suspeitos de cometer furto, associação criminosa e adulteração e, se condenados, podem pegar até 16 anos de prisão.
A operação, intitulada “Pane Seca”, foi realizada pelo 11° Departamento de Polícia Civil, da 1ª Delegacia Regional de Montes Claros, pela Delegacia de Investigações Especiais (DIE) e com apoio da Delegacia Antidrogas.
DEFESA
Edson Cosme, advogado dos acusados, disse à reportagem que não há provas contundentes para as acusações da polícia e que entende que somente o armazenamento inapropriado configura crime.
“Não houve venda. O caminhão estava totalmente lacrado e os combustíveis apreendidos eram para utilização própria”, disse. Até o fechamento desta edição, os autores permaneciam na delegacia.