Cidadãos atores para o bem comum

Campanha da Fraternidade 2019 chama os cristãos a participar da construção de políticas públicas

Alice Veloso*
Publicado em 06/03/2019 às 06:00.Atualizado em 05/09/2021 às 16:51.
 (VIVIANE CARVALHO/ASCOM ARQUIDIOCESE)
(VIVIANE CARVALHO/ASCOM ARQUIDIOCESE)

A folia foi divertida e intensa para muitos norte-mineiros. Em Montes Claros, teve bloco reunindo mais de 4 mil pessoas e houve grupo que até cancelou a festa porque a previsão era a de que o público seria muito maior do que os organizadores poderiam prever e se responsabilizar. Agora, após a festa pagã, começa uma nova etapa em que, para muitos, é momento para renovar a fé.

A partir de hoje, Quarta-feira de Cinzas, inicia-se a Quaresma – tempo de oração e até de penitências para alguns cristãos, que se segue pelos próximos 40 dias, até o domingo de Páscoa.

É o período também da Campanha da Fraternidade, que neste ano tem como tema “Políticas públicas e fraternidade”, com o lema “Serás libertado pelo direito e pela justiça”.

Segundo o padre Antônio Brígido de Lima, o objetivo da campanha deste ano é entender de fato o que são as políticas públicas. “Como nós, enquanto cidadãos e cristãos, podemos contribuir para a nossa sociedade”, diz.

A Igreja no Brasil pretende estimular a participação dos cristãos em políticas públicas para fortalecer a cidadania e o bem comum, considerados sinais da fraternidade. O texto-base da campanha aponta os conselhos como uma importante forma de participação da sociedade. Eles são instrumentos previstos na Constituição Federal de 1988.

“Nós, enquanto cristãos, não podemos ficar como meros espectadores. Mas devemos tomar atitudes, agindo e assumindo para valer a nossa missão frente ao mundo”, afirma padre Antônio Brígido de Lima.

Ele destaca que a Campanha da Fraternidade busca respeitar o espírito comunitário cristão na busca do bem comum. “E para nos educar numa vida em fraternidade, renovando a consciência da responsabilidade, todos pela ação em vista de uma sociedade mais justa e fraterna.

PENITÊNCIAS
Muitos cristãos fazem penitências nessa época – a mais comum é parar de comer carne vermelha. Tanto que no período cresce o consumo de peixes e ovos. Outros abrem mão de outros alimentos dos quais gostam muito, como chocolates, bebida alcoólica, dentre outros.

Porém, algumas pessoas atualmente optam por mudar hábitos do cotidiano que atrapalham de alguma forma o convívio social.

Marilia Cordeiro, por exemplo, além de se abster do consumo de carne vermelha e bebida alcoólica, decidiu fazer o “jejum da língua”, evitando brigas. “Eu prefiro fazer algo que agrega a mim de alguma forma. Já deixei de comer doces, porque gosto muito, e o dinheiro que eu ia gastar com as guloseimas na quaresma, fiz uma doação a quem precisava”, conta Marília.

“Mas o jejum mais difícil de fazer é o da língua, para evitar brigas. E manter uma vida diária de oração, frequentar a Santa Missa, rezar com a família, viver um momento de oração, que é o que realmente muda algo na nossa vida”, afirma.
 
DIFERENÇA
Para o coordenador arquidiocesano do terço dos homens, José Osmar Rodrigues Gusmão, o mais importante é evitar fazer coisas que as pessoas não percebem, mas que contribuem negativamente para o relacionamento. “Por exemplo, se apegar aos recursos tecnológicos. As pessoas passam o dia no computador ou no celular, não conversam com a mãe ou com o familiar que está perto”, lamenta.

“Estou na expectativa de fazer algo que vá fazer a diferença no meu dia a dia. Farei ‘jejum’ de algo que sei que incomoda as pessoas e que atrapalha a minha convivência, seja algum comportamento ou postura, e ter mais paciência”, conta José Osmar.
* Estagiária sob supervisão do editor

Missas de Cinzas
- Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Catedral
7h - Abertura da CF 2019 e distribuição das cinzas
Missa Solene presidida por dom João Justino de Medeiros Silva
18h30 - Missa na Comunidade São José
18h30 - Missa na Catedral
- Paróquia Nossa Senhora da Conceição e São José
7h e 19h - Igreja da Matriz

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