Samuel Nunes
Repórter
samuelnunes@onorte.net
Além de trazer esperanças para a recuperação da lavoura e da pecuária, as chuvas que estão caindo nos últimos dias em Montes Claros vêm causando também estragos na zona urbana e enchendo mananciais. Nos últimos dias, os problemas também mostraram como a cidade não tem estrutura para suportar um grande volume de água. Algumas ruas e avenidas da cidade, devido ao estado precário em que se encontram, têm tirado a paciência dos motoristas e, sobretudo, feito com que os mesmos tirem o dinheiro do bolso para pagar o concerto do seu veiculo.
Avenida Ovídeo de Abreu é um retrato fiel de como estão algumas ruas e importantes vias de acesso do município (foto: Wilson Medeiros)
- É um absurdo como está a avenida Ovídeo de Abreu. Espero que alguma coisa seja feita. A situação se agrava com a chegada das chuvas que deixa muitas poças de água ao longo da mesma, sobre os buracos. Buracos imensos.
Esta é a reclamação do motorista Geraldo Nascimento, que afirma passar pela avenida praticamente todos os dias e que ainda teria esperança de que a atual administração faça a reforma das pistas na sua totalidade. A mesma opinião tem José Antônio Mendes, que entende ser preciso uma reforma imediata da avenida Ovídeo de Abreu.
CAOS GERAL
A reportagem de O Norte verificou outras avenidas e ruas onde a situação é preocupante: avenida Padre Bretano, que fica localizada no bairro Roxo Verde, avenida Dulce Sarmento, no Alto São João e avenida Nossa Senhora de Fátima, na altura do Caic do Maracanã. Nesta mesma avenida, próximo à escola Estadual Antônio Canela os moradores estão solicitando da prefeitura o serviço de tapa-buraco.
- Entre o cruzamento das avenidas Nossa Senhora de Fátima e Coração de Jesus. É grande o fluxo de veículos no local, principalmente de lotações, e de pedestres. Há mais de cinco meses um buraco está praticamente ocupando todo o cruzamento das avenidas e que tem deixado muita gente que mora nas proximidades insatisfeita e ao mesmo tempo esperando que o buraco seja tapado – ressalta um dos moradores.
MAIS PRESENÇA
A comerciante Cleusa Soares da Silva, que mora no bairro Jardim São Geraldo há mais de 20 anos, convive com uma situação que, segundo ela, é mais do que constrangedora. O problema enfrentado por Cleusa é maior em período de chuvas.
- Poderia ser uma época de alegrias, mas que acaba trazendo tristeza e muito trabalho para mim, pois a água se empossa bem em frente à minha casa e meu comércio, causando grandes transtornos. Já cobramos uma presença mais atuante e eficaz por parte da prefeitura, não somente no bairro onde moro, mas em outros bairros da cidade que também enfrentam os mesmos problemas.
PREJUÍZO
Segundo Cleusa Silva, os veículos de grande porte, como lotações e caminhões passam e jogam água dentro da casa comercial. Ainda de acordo com ela, esse é um problema que o prefeito prometeu resolver, mas que até agora nada foi feito.
Conforme Cleusa Soares, inclusive o seu comércio tem sido prejudicado. Ela vende biscoitos caseiros e, em época de chuvas, a água empossada e a lama causam mau cheiro, o que, em determinados momentos, tem afastado seus fregueses. As soluções apontadas por ela para resolver esse problema são a colocação de boca de lobo e uma drenagem bem feita.
