Cesta básica continua cara para os montes-clarenses

Jornal O Norte
Publicado em 05/11/2008 às 09:34.Atualizado em 15/11/2021 às 07:49.

Em outubro de 2008, a pesquisa de variação de preços realizada pelo setor de Índice de preços ao consumidor - IPC - do Departamento de Economia da Universidade estadual de Montes Claros registrou, para as famílias com rendimentos entre um e seis salários mínimos, índice positivo de 1,20 pontos percentuais. Com esse resultado, o acumulado no ano é de 21,25%.



Os preços dos gêneros básicos que compõem a ração essencial mínima registraram, em outubro de 2008, variação positiva na ordem de 2,11 pontos percentuais em relação a setembro último passado. 



PESQUISA



Para realizar a pesquisa da cesta básica, o IPC-Moc baseia-se na composição dos principais grupos alimentícios definidos pelo Decreto-lei 399, de 30 de abril de 1938, única legislação referente ao assunto em vigor no país, que define os produtos e as quantidades ideais que um trabalhador adulto deve consumir, durante o mês, para se produzir como força de trabalho.



De acordo com a pesquisa o trabalhador local, com renda bruta de R$ 415 utilizou, em outubro de 2008, 52,70% de seu salário para a compra dos treze produtos que compõem a cesta básica em suas respectivas quantidades.



- Essa cesta custou ao trabalhador R$218,72 em oposição a R$214,18 de setembro próximo passado.   



HORAS



Ainda de acordo com o departamento de Economia, após a aquisição da cesta básica restaram ao trabalhador R$ 200,80 para as demais despesas, como moradia, saúde e higiene, serviços pessoais, lazer, vestuário e transportes.



- Com relação às horas trabalhadas no mês de outubro de 2008, foi necessário ao trabalhador despender de sua jornada de trabalho mensal 126 horas e 22 minutos, em oposição 123 horas e 46 minutos do mês anterior, para adquirir os alimentos básicos à sua subsistência.



O departamento de economia explica que o índice de preços ao consumidor é elaborado para medir a evolução dos preços de um conjunto de produtos, bens ou serviços no varejo na cidade, ou seja, da forma como eles chegaram até o consumidor final.



METODOLOGIA



- A metodologia de cálculo é a comparação dos preços médios do mês atual com os preços médios do mês imediatamente anterior. Os preços são pesquisados por uma equipe de quatro coletadores que visitam atualmente 223 estabelecimentos comerciais, distribuídos nos bairros da cidade, com início da coleta de preços todo primeiro dia útil do mês.



Dentre os treze produtos que compõem a cesta básica, as variações positivas ocorreram nos preços dos produtos: pão de sal, 13,56%; açúcar, 10,90%; banana caturra, 8,94%; feijão, 9,28%; carne bovina, 4,77%; arroz, 3,77%; e, margarina, 0,73%.



As variações negativas ocorreram nos preços dos produtos, a saber: tomate, -14,00%; batata inglesa, -10,01%; café, -1,23%; farinha de mandioca, -1,12%; e, óleo, -0,43%. (DE-Unimontes)

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