
Na noite da última quinta-feira (30), um carroceiro de 40 anos foi detido pela Polícia Militar (PM), na Vila Mauricéia, em Montes Claros, suspeito de estuprar uma mulher de 26 anos na quarta-feira (29), no bairro Ibituruna. O suspeito tem passagens por tráfico de drogas e crimes contra o patrimônio.
A prisão ocorreu no exato momento em que os policiais filmaram o suspeito, sendo posteriormente reconhecido pela vítima, que observou que ele havia cortado recentemente o cabelo em um salão.
Em depoimento, a vítima comentou que foi abordada violentamente pelo suspeito, enquanto se dirigia para casa; sendo arrastada para um matagal, onde ocorreu o estupro. A PM confirmou o reconhecimento, destacando a importância do trabalho conjunto na prisão do agressor.
O suspeito foi encaminhado para a delegacia e negou o crime. “Tenho muitos anos de carreira e nunca vi um estuprador confessar. É o tipo de crime que não se confessa. Então, já esperávamos que ele não fosse confessar”, disse a delegada Karine Maia, da delegacia Civil da Mulher de Montes Claros.
RECONSTITUIÇÃO
“Ela foi abordada por volta da meia-noite quando chegava em casa e ele saiu de um lote vago, agarrou ela por trás, puxando-a pelo pescoço com um fio, e sufocou ela com esse fio. No que ela reagiu dando um murro no rosto dele, mas ele apertou muito forte o fio e conseguiu assim, rasgar o vestido e a calcinha dela e praticou a conjunção carnal”, comentou a delega sobre o ocorrido.
Ainda conforme a delegada, outra hipótese levantada seria a vulnerabilidade da vítima. “Infelizmente, sim. Hoje em dia, as mulheres têm dificuldades em ficar sozinhas nas ruas e nós temos dificuldades em permitir que as mulheres tenham liberdade para perambular nas ruas, principalmente à noite. E pode ter sido isso também, ele ter se deparado com ela e decidido, no momento, que iria estuprá-la”, diz a delegada.
Após ter sido localizado pela investigação conjunta da Polícia Civil e da PM, baseada nas informações fornecidas pela vítima sobre suas características físicas e confirmadas após o reconhecimento, serão conduzidas diversas diligências para verificar a autoria deste incidente. “Como reconhecimento formal, conforme preconiza o código penal, exame de DNA, que já foi colhido tanto dele quanto dela, que será feito comparação. E as demais diligências que serão finalizadas no prazo de dez dias”, completa a delegada.