
Montes Claros tem 276.860 eleitores, dos quais 90% já fizeram a biometria. Para ampliar a adesão e alcançar os não biometrizados, a “Caravana da Biometria”, liderada pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), desembargador Júlio César Lorens, chegou à cidade na última quinta-feira (13) para estimular o cadastramento biométrico e traçar estratégias que visem atingir a totalidade dos eleitores.
O Desembargador participou de reunião com magistrados eleitorais e no cartório central conversou com a imprensa. Ele considera que a fase atual é preparatória para as próximas eleições, cujo cadastro se encerra em maio de 2026. “Temos menos de seis meses e até lá pretendemos ter o máximo possível de biometrias no Estado. Nacionalmente, Minas Gerais não ocupa um lugar confortável numericamente. Costumo dizer que a grandeza de Minas não merece números pequenos. A média nacional é de 87,43% de eleitores aptos. Em MG, a nossa média é de 72%”, informou Julio, destacando haver outra situação preocupante, sendo a de regularizar a situação eleitoral. “Aqueles que não votaram nos últimos pleitos e não justificaram, tiveram o título cancelado. E quem tem o título cancelado não tem o nome inscrito no caderno de votação e não irá votar. Ao regularizar, caso ele não tenha a biometria, é uma oportunidade para que o faça”, disse.
O Desembargador argumenta que o Estado é o segundo colégio eleitoral do país, mas é o que tem o maior número de municípios e o distanciamento entre eles é um dificultador. “O principal problema é a logística, a convocação dos magistrados que às vezes vem de longe, 100 km, 200 Km. E tem também a dificuldade de comunicação com o eleitor, seguida pela desinformação que vem na contramão do que seria a boa conduta. Contra isso, temos a informação de qualidade”.
A biometria, segundo Júlio César, é um instrumento de identificação potente, é a marca do eleitor. “Com esse ‘cadeado’ a mais no processo de votação, a democracia, conquistada com muita dificuldade, fica mantida”.
Para se submeter ao processo, o cidadão deverá comparecer ao cartório eleitoral munido de documento de identificação e um comprovante de endereço. As digitais são coletadas e o eleitor assina digitalmente. “A partir dos 16 anos eu poderia fazer título e biometria, mas como não consegui estar aqui antes, esperei completar 18. Vim agora porque acho que se deixar para a última hora, para o ano que vem, vou enfrentar fila”, disse Késia Yasmin Barbosa, que em cerca de 10 minutos conseguiu concluir o procedimento. “Foi bem rápido. Eu imaginava que seria mais demorado. Meu recado é para que as pessoas venham, façam a biometria e votem. É uma coisa importante, a urna eletrônica é segura e devemos participar da escolha dos governantes”, arrematou.
