
Moradores das ruas Padre Marinho e Belize, no Bairro Independência, pedem solução urgente para a falta de estrutura na região. A região é chamada de “Grande Independência”, que inclui diversos bairros em todo o entorno.
“Nós trabalhamos e pagamos nossos impostos previstos na contribuição federal e, principalmente, municipal, destinados a manter a organização de nossos bairros. Ao ver a rua onde moro cheia de buracos e repleta de lixo e mato, não posso deixar de reclamar”, diz Clara Sampaio, que mora na esquina das duas vias.
À reportagem, ela declarou que foram várias tentativas de diálogo com o poder público, sem no entanto conseguir mudanças.
“A situação continua a nos causar grandes problemas. As crianças estão adoecendo devido ao mau cheiro, à presença de ratos e insetos. É um risco a saúde de todos. Não dá mais para esperar. O problema se agrava a cada dia”, lamenta Clara, pontuando que tem direito a viver numa cidade organizada como moradores de qualquer outro bairro.
Gesiany Nunes dos Santos, mora na Padre Marinho e trabalha como operadora de produção em uma multinacional no Distrito Industrial. O retorno do serviço é em horário noturno e ela costuma dar voltas para não ter que passar pelos lotes.
Além de todo tipo de lixo que é jogado no local, ela teme o perigo de encontrar pessoas escondidas.
“É só mato e lixo de um lado e de outro. Moro há quatro anos aqui e a gente não sabe quem são os donos dos lotes. Quando meu marido tem tempo, ele mesmo faz a capina pra diminuir o perigo”, relata.
Ela conta que o filho foi picado por um escorpião e, na ocasião, a prefeitura esteve no local, informou que ia notificar, mas ainda não apontou uma resolução.
“O descaso é muito grande, já tem tempo que a gente luta, mas ninguém nos ouve. A resposta é sempre a mesma, que vão tentar conseguir verba, mas nunca trazem solução pra gente”, diz, reforçando que o problema é rotineiro, mas, em época de chuva, o transtorno é maior, pois já chegou a acordar com a água entrando na casa e no veículo, impossibilitando a saída.
Em outra ocasião, estava voltando do serviço na garupa da moto e caiu na rua. “De tanto buraco que tem na rua, tomei uma queda. Se não fosse meu esposo teria ido embora na enxurrada. Ele desceu rapidamente da moto e me segurou”, relembra.
Os moradores estão unidos e dispostos a marchar até a Prefeitura e Câmara Municipal em protesto.
O QUE DIZ A PREFEITURA
O secretário de obras de Montes Claros, Guilherme Guimarães, informou que a prefeitura realiza obras para a rede de drenagem pluvial do bairro Vila Real, próximo ao local reclamado, com previsão para concluir até julho.
“Assim que for concluída, a pavimentação de várias ruas será executada. Onde não necessitava de drenagem, as vias foram asfaltadas”, disse o secretário.