O Arcebispo Dom José Alberto Moura presidirá as missas do Natal na Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, centro da cidade. Na próxima sexta-feira, 24, ele presidirá a tradicional Missa do Galo, às 20 horas, e no sábado, às 17 horas, a Missa da Natividade do Senhor.
O pároco, Padre Dorival Souza Barreto Júnior, explica o profundo significado da data.
- No centro da celebração do Natal está o mistério da encarnação, que constitui o objeto essencial dessa festa. Nesta celebração comemoramos o mistério de Deus que se fez homem, que pede a nossa atenção e empenha a nossa fé na liturgia do Natal - sintetiza.
Segundo a tradição romana, que é acompanhada até o século IV, cada sacerdote pode celebrar três missas no Natal. Conforme o Missal Romano, que manteve o costume, a primeira delas é a "Missa do Galo" (Missa in nocte), que inicialmente ocorria apenas à meia-noite; a segunda é a "Missa da Aurora" (Missa in aurora) e a terceira é a "Missa do Dia" (Missa in die).
A realização de três missas, originariamente, não foi motivada por razões teológicas, que levam em conta os diversos aspectos sob os quais se considera e se celebra o mistério do Natal, mas apenas por motivos devocionais e pastorais, ou seja, celebrar as missas nos vários santuários em que se venerava o mistério. As três missas do Natal acabaram adotadas também fora de Roma.
A Missa da meia-noite ou Missa do Galo caracteriza-se sobretudo pelo trecho evangélico do nascimento de Cristo em Belém (conforme Lucas 2,1-14), finalizada com o canto dos anjos, na verdade o começo do hino do Glória da Missa, que lhe deu o nome. No dia de Natal, a propósito, esse hino assume uma tonalidade toda especial.
PRESÉPIO
A exemplo de anos anteriores, a Catedral armou um bonito presépio, próximo ao altar, à direita de quem entra pela porta central. É ali que o celebrante, no caso o Arcebispo, coloca a imagem do menino Jesus no encerramento da Missa do Galo.
Para a Igreja, o presépio é o legítimo símbolo do Natal. Surgiu a partir de iniciativa de São Francisco de Assis, em 1223. Tradição logo assumida pela humanidade que retrata o Menino-Deus despojado de bens e riquezas materiais, mas repleto de amor e misericórdia para distribuir generosamente a todas as pessoas de boa vontade.
O tempo de preparação para o Natal terminará no dia 24 de dezembro. No domingo, 19, acendeu-se a última das quatro velas que, juntas, formam a coroa do Advento.