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Quarta-Feira,9 de Julho

Arcebispo celebra Missa do Galo em Moc

Jornal O Norte
Publicado em 19/12/2008 às 10:26.Atualizado em 15/11/2021 às 07:53.

Valéria Borborema


Colaboração para O NORTE



A Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida já definiu o horário das celebrações especiais de Natal. O Arcebispo Dom José Alberto Moura presidirá a tradicional Missa do Galo, às 20h, na quarta-feira, 24 de dezembro, e às 18h30 do dia 25, ambas na Catedral, que fica na Praça Pio XII, centro de Montes Claros. Na quinta-feira da “Natividade do Senhor” ainda haverá missas nas duas outras comunidades da paróquia: às 8 horas no Santuário Bom Jesus, na Praça Bom Jesus, e às 19 horas na Capela São José, no Bairro São José.



HISTÓRIA



Segundo a tradição romana, que é acompanhada até o século IV, cada sacerdote pode celebrar três missas no Natal. Conforme o Missal Romano, que manteve o costume, a primeira delas é a “Missa do Galo”(Missa in nocte), que ainda ocorre à meia-noite em alguns locais como, por exemplo, em Roma, na Itália; a segunda é a “Missa da Aurora” (Missa in aurora) e a terceira é a “Missa do Dia” (Missa in die).



A realização de três missas, originariamente, não foi motivada por razões teológicas, que levam em conta os diversos aspectos sob os quais se considera e se celebra o mistério do Natal, mas apenas por motivos devocionais e pastorais, ou seja, celebrar as missas nos vários santuários em que se venerava o mistério. Inicialmente, toda a solenidade natalina era celebrada na Basílica de São Pedro. Com o Papa Sisto III (432-440), em homenagem à definição do I Concílio de Éfeso (no ano 431, quando houve a proclamação do dogma Maria Mãe de Deus), parece que se começa a celebrar uma missa à meia-noite na Basílica de Santa Maria Maior sobre o Esquilino, onde era construída uma capela que reproduzia a gruta da natividade de Belém.



CELEBRAÇÃO



Por volta da metade do século IV, introduziu-se o costume de celebrar, por parte do Papa, uma segunda missa, quase privada, na primeira manhã do dia de Natal, na igreja titular de Santa Anastácia, mártir de Sírmio, degolada em 25 de dezembro. Tratava-se, a princípio, apenas de uma missa em honra à mártir, sem nenhuma relação com o Natal. E até os tempos de Gregório VII (1020-1085), o Papa saía de Santa Anastácia e ia diretamente para a Basílica de São Pedro onde presidia a Missa do Dia, a terceira do Natal.



As três missas do Natal foram então acolhidas nos sacramentários papais, e com sua difusão, acabaram adotadas também fora de Roma. A Missa da meia-noite ou “Missa do Galo” se caracteriza antes de mais nada pelo trecho evangélico do nascimento de Cristo em Belém (conforme Lucas 2,1-14), finalizada com o canto dos anjos, na verdade o começo do hino do Glória da Missa, que lhe deu o nome. No dia de Natal, a propósito, esse hino assume uma tonalidade toda especial.

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