Agentes de saúde de Montes Claros querem valorização: Sindicato ressalta importância dos profissionais e pede da administração melhores condições de trabalho

Jornal O Norte
Publicado em 09/04/2011 às 09:03.Atualizado em 15/11/2021 às 17:25.

Samuel Nunes


Repórter



O presidente do sindicato dos agentes comunitários de combate às endemias e agentes comunitários de saúde, técnicos de vigilância sanitária e técnicos da assistência básica, José Romilson dos Santos, revela que a entidade tem se reunido frequentemente com a categoria no sentido de propor encaminhamentos à administração municipal. Ele explica que o objetivo dos encontros é o de se organizar objetivando fazer cobranças por melhores condições de trabalho e criação de um piso salarial equivalente a dois salários mínimos para as categorias que o sindicato defende.



Reunido na tarde da última quinta-feira, 7, com alguns servidores, o líder sindical lembrou que as categorias que o sindicato representa não têm recebido a real valorização por parte da administração. José Romilson dos Santos aponta, por exemplo, a falta de um ponto de apoio para os agentes que normalmente se reúnem em praças, nas ruas, associações de bairros, ou mesmo em salas cedidas pelas próprias comunidades.



- Ainda faltam formulários para preenchimentos, equipamentos de segurança e transporte para execução do trabalho dos agentes – enumera.






IMPORTÂNCIA



José Romilson diz que os agentes comunitários de saúde e combate às endemias são profissionais responsáveis pelo controle de doenças endêmicas, como a dengue, febre amarela, calazar, doença de Chagas, esquistossomose e raiva. De acordo com ele, cada agente realiza por ano, em média, 6.300 inspeções domiciliares, totalizando 1.346.400 visitas anuais realizadas por 374 agentes de combate às endemias, números que demonstram a relevância destes profissionais na saúde pública no município.



- Quanto aos agentes comunitários de saúde, que realizam visitas domiciliares para executar atividades de prevenção às doenças e promoção de saúde, a informação é de que são realizadas 1.800 visitas anuais, totalizando 680.400 visitas por ano.



O sindicalista salienta que as discussões em torno das reivindicações da categoria serão encaminhadas ao prefeito. Conta ainda que, diante das reivindicações, inclusive, reiteradas durante audiência pública, realizada na Câmara Municipal na quinta-feira, dependendo da contrapartida da administração municipal, irá se reunir com os agentes e técnicos da vigilância em saúde para definir quais os rumos tomar em termos de negociação.






PORTARIA



O agente Valdeci Alves Costa cobra da administração municipal o cumprimento da portara 3.178 de dezembro de 2010 que determina que seja feito repasse por parte da administração em forma de pagamento ou ajuda de custo para os agentes de saúde e de combate a endemias. Os agentes cobram do prefeito ainda o cumprimento da emenda 63 que regulamenta as duas categorias e cria também o plano de carreira dos agentes, o que ainda não foi cumprido.



O agente de combate a endemias Júlio César Rodrigues Aguiar diz que o poder público deve tratá-los não como frente de trabalho, mas, sim, como profissionais imprescindíveis para a saúde preventiva nos bairros.



- Queremos melhores condições de trabalho, valorização, adequação salarial, e plano de carreira, isto o mais breve possível – solicita.


 

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