Samuel Nunes
Repórter
Mato, lixo, poeira e um completo abandono por parte do poder público municipal. Esta é a situação do parque João Botelho, localizado à Avenida Leonel Beirão de Jesus. O espaço poderia ser utilizado por moradores dos bairros Morrinhos, João Botelho, Santa Rita I e II, Sumaré, Vila Luísa, Vila Progresso, Vila Guilhermina, Antônio Pimenta, Dr. João Alves e São Judas II para lazer. Entretanto, o parque das Mangueiras, como também é conhecido, criado por lei municipal, tem sido usado como depósito de lixo e local para prostituição.
FOTOS XU MEDEIROS
Coordenador da comissão pró-construção do parque, o líder comunitário Robson Roger afirma que já encaminhou uma série de ofícios às secretarias de Esportes, Serviços Urbanos e Meio Ambiente, solicitando limpeza, roçamento e retomada da construção da quadra poliesportiva e do cercamento do campo de futebol.
Na mesma data, segundo Robson, o então secretário municipal de Esportes, Coró Barbosa, doou tela e tubos para cercar o campo de futebol, mas, como a própria reportagem constatou, todo o material está guardado, há cerca de três anos. No dia 30 de julho de 2007, foi doada também caixa d’água para o parque, mas a mesma está ociosa. Várias solicitações já foram enviadas também ao poder público municipal, mas, sem êxito.
De acordo com Robson, há uma verba de R$168 mil depositada na Caixa Econômica Federal para construção da quadra, mas, o município pode perder este recurso.
O coordenador diz que é necessário que se faça outro projeto para execução da obra, no entanto, o município parece não ter interesse na construção da quadra poliesportiva. Outro problema diz respeito ao corte de energia elétrica no campo de futebol do parque.
- Realizamos importante trabalho social com moradores de vários bairros localizados ao entorno do campo de futebol. Mas, para surpresa de todos, na última quinta-feira à noite, quando todos os peladeiros estavam no campo, não tinha energia elétrica. E o problema persiste - diz.
Robson afirma ainda que a feirinha que movimentava financeiramente a região ficou só na saudade, uma vez que, por falta de apoio da administração, parou de funcionar.
- Éramos considerados por todos a 2ª feirinha de Montes Claros, tínhamos 98 barracas. Mas, tudo caiu no esquecimento - afirma.
Ele diz que, diante de tantos problemas, não acredita mais que o poder público municipal interfira e dê soluções.
- O parque João Botelho nem placa de identificação tem mais. Por que não criar uma área de lazer no local? Por que não dotar de infraestrutura o parque, que é um patrimônio da região, que tem cerca de 30 pés de manga, 14 pés de coquinho, plantas medicinais, dentre outros? A comunidade espera que alguma coisa seja feita. O que não pode e nem mais tem condições é o abandono continuar no local - conclui.