(LEONARDO QUEIROZ)
A escolha para os pedestres não é fácil: passar entre os carros ou na pista reservada a eles que está cheia de buracos e rachaduras, com risco de queda. Seja qual for a escolha, o perigo de acidente é constante para quem precisa atravessar a ponte da avenida João XXIII, que dá acesso à avenida Arthur Bernardes, no Centro da cidade.
Já com sinais de extrema deterioração, parte da estrutura de concreto que separa a passarela de pedestres da pista de circulação dos carros desabou na semana passada. Novamente, a única atitude da Prefeitura foi retirar os pedaços de concreto no chão e isolar o espaço com fita zebrada, impedindo a circulação de pedestres.
No entanto, com medo de transitar entre os carros, os moradores, mais uma vez, retiraram as fitas para atravessar a ponte.
A precariedade da ponte é um problema antigo e já foi mostrada pelo O NORTE em várias edições deste ano.
“Sempre esperam acontecer uma tragédia para poder consertar. É impossível não enxergar que a passarela precisa passar por uma reforma para dar segurança aos pedestres que passam por aqui todos os dias”, disse Robson Teixeira, que trabalha próximo ao acesso.
A moradora Lúcia Pereira sempre passa no meio dos carros. “Não tenho coragem de passar nessa passarela. Tenho medo que ela caia comigo. O jeito é passar entre os carros”, afirma.
Lúcia conta que, na semana passada, a passarela estava cheia de fita zebrada, mas hoje (ontem) as fitas já não estão mais. “Não sei o que é pior: passar na passarela ou do lado dos carros”, disse.
A ponte da avenida João XXIII é uma das mais movimentadas da cidade. Além de dar acesso ao Centro da cidade, faz ligação com a BR-367, com enorme fluxo de ônibus e caminhões.
SEM ILUMINAÇÃO
E a situação fica ainda mais perigosa à noite. De acordo com a funcionária de um supermercado que fica na região e que pediu para não ser identificada, não há iluminação na estrutura. A escuridão acaba escondendo os buracos existentes na passarela, expondo os pedestres ao risco de quedas e ferimentos.
“Tenho que passar todos os dias pela ponte e é sempre movimentado. Por não ter coragem de passar pela passarela, corro o risco de ser atropelada. Há muito tempo deviam ter feito algo, mas os meses vão passando e nada acontece”, disse.
Mais uma vez, O NORTE tentou um retorno da Prefeitura de Montes Claros sobre o que será feito para solucionar o problema e em que prazo. Mas, até o fechamento da edição, não obteve resposta por parte da assessoria de comunicação.