Risco de dengue em MOC aumenta

Índice de infestação é quase 80% maior do que em 2016 e cidade se aproxima da possibilidade de uma epidemia

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Montes Claros
14/11/2017 às 20:48.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:42
 (Christine Antonini)

(Christine Antonini)

O Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypti (LirAa) realizado entre 23 e 25 de outubro em Montes Claros coloca a cidade em alerta diante da possibilidade de uma epidemia de dengue. 

O número de imóveis onde o mosquito foi encontrado no último mapeamento é 78,9% maior do que no mesmo período do ano passado. Em 2016, o LirAa em Montes Claros foi de 1,9%. Agora, é de 3,4%. 

Para o Ministério da Saúde, valores acima de 1% já configuram alerta. Os superiores a 3,9% apontam para alto risco da epidemia. 

Em Montes Claros, estão no topo da lista de infestação os bairros Edgar Pereira (20%), Chiquinho Guimarães (17,39%) e Santos Reis (13%). 

A dona de casa Marina Souza mora no Edgar Pereira e teve dengue três vezes. “Todos da minha família já tiveram. Com isso, passamos a adotar medidas preventivas. Aqui em casa nunca foi encontrado foco do mosquito, diferentemente do que acontece na casa de vários vizinhos que não tomam os cuidados necessários”, diz Marina. 

Segundo a infectologista Letícia Melo, um dos fatores que fazem com que os focos do mosquito se multipliquem estaria na limitação das ações da vigilância municipal às residências. 

“Mas aumentou na cidade o número de criadouros do Aedes em locais com lixo espalhado e lixões a céu aberto, entre outros”, explica a especialista. 

O LirAa é um mapeamento da presença do mosquito que transmite dengue, zika e chikungunya. É feito em municípios e regiões metropolitanas com mais de 100 mil habitantes ou em cidades com grande fluxo de turistas. 

São visitados de 9 mil a 12 mil imóveis para identificação dos criadouros predominantes. Com os dados, é possível traçar o cenário da doença no município, permitindo o direcionamento das ações de controle para as áreas mais críticas.

O coordenador do Centro de Controle de Zoonose (CCZ), Luiz Osmane, diz que a população não está fazendo a parte dela. “Jogar lixo nas ruas ou em lotes vagos contribui e muito para isso. No início do ano, também tivemos a coleta seletiva de lixo reduzida. Mas, mesmo com o serviço oferecido de forma regular, as pessoas ainda jogam lixo nas ruas”, disse.  

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