Ressocialização distante

Alice Veloso*
O Norte - Montes Claros
02/11/2018 às 06:34.
Atualizado em 28/10/2021 às 01:34

A dificuldade na reabilitação e ressocialização de detentos em Minas foi um dos temas abordados no terceiro e último dia do 1º Seminário Norte-Mineiro de Segurança Pública.

O tenente-coronel Gildásio Rômulo abordou o sistema implantado em Montes Claros e que ele considera o ideal para garantir segurança e a fiscalização adequada.

O sistema, desde outubro de 2015, é totalmente informatizado e tem como base dar educação e trabalho aos presos como forma de ressocialização.

“Tanto a Vara de Execução Criminal quanto o Presídio da Alvorada inserem as informações no sistema de quem são os beneficiários e quais são as condições impostas. A partir daí, a polícia tem como fazer a fiscalização”, explica o tenente-coronel.

Atualmente, o programa atende a 600 apenados na cidade. Antes de adotar esse sistema, a reincidência criminal era de 37,7%. Hoje, o percentual caiu para 13,04%. Outras comarcas já utilizam esses métodos de fiscalização, como Janaúba e São Francisco, e Porteirinha e Espinosa estudam a implantação.

A defensora pública Liliana Soares Martins Fonseca ressalta que a prisão, além de encarcerar para punir, deveria buscar a ressocialização dos presos. “Eu acredito muito nas pessoas que eu atendo, e eu sempre quero olhar acreditando que vão sair dali diferente de como entraram”.

Segundo a diretora de Atendimento e Ressociali-zação da Secretaria de Administração Prisional, Mônica Esteves, 1.400 presos estão no Presídio Regional de Montes Claros, destes 292 trabalham. Segundo ela, alguns presos pedem para continuar no Presídio Alvorada mesmo após o cumprimento da pena devido à dificuldade de ressocialização.
* Sob supervisão da editora Janaína Fonseca

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