Redemocratizar os espaços é a tônica do novo reitor

Padre Antônio Alvimar de Souza e a professora Ilva Ruas Abreu tomam posse na direção da Unimontes

Márcia Vieira
22/12/2018 às 07:03.
Atualizado em 05/09/2021 às 15:42
 (MANOEL FREITAS)

(MANOEL FREITAS)

O governador Fernando Pimentel anunciou o nome do novo reitor e vice da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) ontem. Foram escolhidos para comandar a instituição o padre e professor Antônio Alvimar de Souza e a professora Ilva Ruas Abreu.

Com a publicação no Minas Gerais, chega ao fim um impasse que durou quase um mês, depois que o reitor João dos Reis Canela encerrou seu mandato e a Unimontes, com aproximadamente 12 mil alunos, pela primeira vez em seus 56 anos, ficou sem reitor por cerca de duas semanas.

Para a maioria dos universitários, a escolha na lista tríplice deveria ter outros critérios: o principal deles seria manter no cargo o nome mais votado, o que acabou acontecendo desta vez, já que o padre Alvimar e a vice Ilva Ruas foram os escolhidos pela comunidade acadêmica.

O reitor ficou com 40,33% dos votos e a vice-reitora, com 39,9% da preferência dos eleitores. O padre era então vice-reitor do médico João dos Reis Canela, que deixa o cargo depois de duas gestões consecutivas. Ele elege como maior feito a consolidação da universidade e a efetivação dos professores.

“Depois de um processo bem disputado, mas com muito respeito ao ente universitário, tenho a consciência plena de que estou entregando a universidade para um homem e uma mulher extraordinários, em plena condição de continuar em caminho a consolidação. O corpo docente da nossa universidade hoje se aproxima dos 80% de efetivação, sendo que há pouco tempo éramos exatamente 75% de professores estáveis”, disse João Canela.

Poucos minutos antes de tomar posse, o novo reitor conversou com O NORTE sobre os planos e o processo de escolha do seu nome.
 
Quais são as suas prioridades para a gestão?
Acho que este é um momento importante para a universidade. Inicialmente, é necessário todo um processo de reorganização, de rediscussão da universidade. Primeiro, democratizar os espaços, discutir a melhor inserção do ensino superior no Norte de Minas e no Brasil. Hoje, temos um grande desafio que é a internacionalização da universidade. São desafios que temos que trabalhar junto com a comunidade universitária, sobretudo para melhorar a qualidade do ensino superior na nossa região.
 
O que o senhor traz da sua experiência como vice-reitor?
A experiência é extremamente importante porque nos faz conhecer a universidade. Uma coisa é a sala de aula e outra coisa é a rotina que a universidade tem no seu cotidiano. Estar na vice-reitoria foi um grande momento de aprendizagem para a minha pessoa na universidade.
 
Como o senhor avalia a demora no processo de escolha do reitor pelo governador?
O processo foi demorado, mas obedeceu a uma certa tranquilidade. A gente compreende isso em função de todas as crises vividas pelo Estado, mas acho que a universidade foi madura o suficiente para enfrentar este momento com tranquilidade e muito respeito.
 
A professora Ilva vem do curso de economia. O senhor da área de filosofia. Como vai ser essa junção?
Estamos trazendo uma experiência das ciências humanas. Pela primeira vez, acho que temos um reitor específico desta área. Tivemos reitores muito respeitados de outras áreas do conhecimento e agora trazemos uma experiência diferente, uma visão de universidade que tem olhar diferenciado para a realidade.

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