Reajuste de 2,84% desagrada a servidor

Sindicato reivindica o mínimo de 3% e reclama de atraso no envio do projeto à Câmara Municipal

Da Redação
Montes Claros
16/04/2018 às 19:41.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:22
 (Christine Antonini )

(Christine Antonini )

O funcionalismo municipal rejeita a reposição salarial de 2,84%. Segundo a Associação dos Servidores Públicos de Montes Claros, a proposta de reajuste, que deveria partir dos 3%, sequer foi debatida pelo Executivo com a categoria. O sindicato também reclama que o texto foi enviado à Câmara com um mês de atraso. 

“Esse prazo nunca foi respeitado. O servidor paga pela má gestão da administração municipal. Não concordamos com esse projeto”, diz Luís Ernandes, da Associação dos Servidores Públicos. “Deveria ser um reajuste pensado, discutido e pesquisado. Grande parte dos nossos servidores tem medo de brigar pelos direitos e ser perseguido”. 

A recomposição salarial do funcionalismo foi tema de discussão ontem, em audiência pública no Legislativo. A Comissão de Finanças, Orçamento e Tomada de Contas da Câmara enviou requerimento ao Executivo solicitando que o reajuste seja de 3%.

A discussão refere-se ao projeto de lei n°32/2018, de iniciativa do Executivo. Os 2,84% repõem perdas inflacionárias, tendo como base o Índice Apurado de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). 

Segundo a Secretaria de Planejamento e Gestão, a prefeitura tem 9.620 funcionários, entre efetivos e contratados, com despesa salarial mensal de quase R$ 25 milhões. 

Os servidores reivindicam melhorias nas condições de trabalho, como segurança e reposição de materiais básicos para educação e saúde. 

“Nossa escola foi assaltada várias vezes, pois faltam vigias. Temos que tirar do nosso bolso para pagar xerox e outros materiais. Cortaram vale-alimentação e transporte, até campanha para arrecadar roupas para os alunos temos que fazer”, contou a professora Juliana Alves, da Escola Municipal Simone Soares. 
 
DENÚNCIA
Já o professor Robson Soares dos Reis, da Escola Municipal Afonso Salgado, lembrou que o município não paga o teto salarial dos professores. 

“Outro ponto é sobre a constante perseguição política que temos dentro das escolas. Uma funcionária teve que pedir demissão. Fizemos queixa no sindicato e a gerente da Secretaria de Educação se retratou”. 

O secretário de Planejamento e Gestão, Cláudio Ribeiro, afirmou que a Prefeitura de Montes Claros teve que cortar 10% dos funcionários para ajustar os gastos. 

“Mesmo não sendo aumento salarial, a recomposição de 2,84% gera impacto na folha”, explicou. 

Cláudio Ribeiro disse que a prefeitura teve que dispensar 10% dos contratados para ajustar os gastos. “Também estamos elaborando concurso público para professores com 1.012 vagas”, informou o secretário. 

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