O funcionário público Ildeu Ribeiro Neves, presidente da Associação de amigos e moradores do Bairro Augusta Mota falou à reportagem de O Norte das dificuldades enfrentadas por ele para se manter á frente da associação.
De acordo Ildeu, por se tratar de um bairro considerado como de classe média uma boa parte dos moradores não dá muita importância aos trabalhos da associação, principalmente no que se refere ao comparecimento às reuniões, o que para ele é uma espécie de preconceito.
- Quando as pessoas acham que associações de bairro só são úteis em locais considerados mais carentes da cidade.
A diretoria da associação foi formalizada no dia 04 de março de 2001 e permanece até hoje, não tendo sido realizada uma nova eleição até mesmo por desinteresse das pessoas.
Conforme informou o presidente, a associação, que possui cerca de 60 associados ainda não possui sede própria, e que as reuniões acontecem a cada ultimo domingo do mês, em quadra de futsal que pertence a um dos membros da diretoria, localizada na avenida Tito Versiane dos Anjos n° 830.
Ildeu Ribeiro diz que uma das maiores dificuldades que o bairro enfrenta hoje é a falta de reparo asfático nas ruas, que apresentam enormes crateras, muita poeira, e mato crescendo por toda parte.
- Isto já é verificado há mais de 20 anos, sendo que em todas as administrações os moradores pedem pelos melhoramentos do bairro Augusta Mota, sem, no entanto, obterem êxito - diz.
- Já enviamos vários ofícios à secretaria de Serviços Urbanos, com nossas solicitações, principalmente para a obtenção do asfalto, já que a população do bairro aumentou e existem atualmente muitas construções novas.
Ildeu informou que concluída a drenagem da avenida, foi prometido que viria logo em seguida o asfalto, o que até hoje não ocorreu.
- Até certo tempo diziam que o benefício não vinha por causa da baixa densidade populacional do bairro. Hoje é diferente. O bairro cresceu.
MUITO BARULHO
O secretario de Serviços Urbanos, Jessé Lima, foi procurado pelo presidente da associação para que ao menos a prefeitura molhasse as ruas do bairro, tomadas pela poeira. Conforme Ildeu, o secretário alegou que a poeira era pouca para tanto barulho, o que indignou os moradores - que enfrentam agora a lama com a chegada das chuvas.
- A secretária de governo, Márcia Saraiva nos prometeu, após lhe entregarmos um abaixo-assinado com pedido de limpeza para as ruas do bairro que resolveria o problema, mas desde o dia 30 de maio seguimos esperando.
O presidente disse que não falta somente asfalto, mas diversos serviços, que são obrigações do município.
- Não chega nem mesmo o cascalho e nem é feita limpeza dos lotes vagos. As pessoas estão jogando animais mortos nos lotes, e os carroceiros aproveitam para amontoar entulhos.
A costureira Sandra Regina, que reside no bairro há dez anos disse à reportagem que já não suporta mais os abusos por parte dos carroceiros, e das pessoas que jogam lixo, animais mortos e entulhos na frente de sua residência, à luz do dia e sem serem abordados.
DROGAS E PROSTITUIÇÃO
O presidente da associação ressalta ainda a expectativa dos moradores de ver um campo de futebol que existe no bairro transformado em uma praça, já que ele só traria problemas, com usuários que não residem no bairro e que promovem brigas durante as partidas. Além disso, segundo ele, o local está sendo utilizado para o uso de drogas e de prostituição.
- Nosso sonho é construir no local uma praça e uma igreja católica, que atenderá a parte de lazer dos moradores, que ainda não contam com esses benefícios - conclui.