Prefeitura ignora 6 mil servidores

Sindicato denuncia falta de diálogo de Humberto Souto sobre data-base da categoria e não descarta paralisação

Manoel Freitas
Montes Claros
19/07/2018 às 07:13.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:29
 (MANOEL FREITAS)

(MANOEL FREITAS)

As portas da Prefeitura de Montes Claros estão fechadas para negociações e o desrespeito aos direitos dos servidores é evidente e a cada dia maior. A denúncia é feita pelo sindicato da categoria que aguarda, desde abril, uma posição do prefeito Humberto Souto em relação à data-base.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores de Montes Claros, Flávio Célio Oliva, o chefe do Executivo “fechou a porta da prefeitura e deu um tapa na cara dos servidores”, numa alusão à postura de Souto de não dialogar com o sindicato, “mesmo caminho enveredado pelos secretários”, lamenta Flávio Célio.

Diante do silêncio do gestor municipal, a entidade representativa dos mais de 6 mil efetivos e contratados não descarta a possibilidade de paralisação por um dia ou até mesmo greve.

O dirigente diz que a diretoria do sindicato foi recebida pelo prefeito duas vezes, após pressão da entidade. No entanto, Flávio Célio afirma que o prefeito ignora as reivindicações, “na contramão da história, já que o respeito aos servidores sempre foi a tônica dos demais administradores”. O sindicalista denuncia que o dirigente “age como se a prefeitura fosse uma de suas empresas, uma propriedade particular”.
 
PROJETO
Em projeto de lei enviado à Câmara – e aprovado pela Casa –, o município propôs um aumento de 4% apenas para os servidores da educação. 

Isso nem de longe atende os anseios da categoria, segundo Flávio Célio. “A nossa intenção era definir uma majoração na casa de 11% na data-base ou, no máximo, em maio. Nem podemos considerar essa iniciativa um projeto, mas uma cuspida nos servidores, sobretudo porque o próprio prefeito revela ter dinheiro sobrando em caixa”, ataca o presidente do sindicato.
 
ABONO
Outra “agressão” da atual administração contra os servidores, na avaliação do sindicalista, é a suspensão do abono de 3%, criado na gestão passada. “O retorno dele seria bem melhor que os 4% restritos aos servidores que atuam na área de educação”, afirma Flávio Célio.

Segundo o dirigente do sindicato, a retirada do abono “prejudica, sobretudo, quem ganha menos, como os garis e serviçais”. Como se não bastasse, o prefeito também teria cortado o auxílio-transporte, igualmente em prejuízo aos servidores com menor remuneração.
 
O OUTRO LADO
Diante das declarações do Sindicato dos Servidores Municipais de Montes Claros, o jornal O NORTE procurou a assessoria de comunicação da Prefeitura de Montes Claros, mas não obteve retorno, nem por e-mail nem por telefone, até o fechamento desta edição.

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