Prefeitura de MOC deixa moradores sem transporte coletivo

Comunidade do Jardim Olímpico precisa andar dois quilômetros para ter acesso a ônibus

Márcia Vieira
O NORTE
18/12/2020 às 00:25.
Atualizado em 27/10/2021 às 05:20
 (divulgação)

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Moradores do bairro Jardim Olímpico têm travado verdadeiras maratonas para se deslocarem. Sem o serviço de transporte coletivo, crianças, jovens e idosos são expostos a riscos diários. 

O ponto de ônibus mais próximo está localizado no bairro Santo Antônio, perto do Hospital Alpheu de Quadros. Mas, para chegar até lá, é preciso caminhar mais de dois quilômetros em vias sem acostamento e em meio ao vai e vem de veículos pesados.

Já os motoristas criaram um atalho no meio do canteiro para ter acesso ao bairro, devido à falta de uma rotatória no local.

“Desde meados de 2017 estamos pedindo essa atenção. O bairro tem infraestrutura de asfalto, água e luz, porque isso foi feito pela empreendedora que entregou o loteamento em 2015 pronto para ser construído. Mas foi ficando povoado e a linha de ônibus é necessária. Somos cerca de 350 famílias e queremos viver com dignidade”, afirma o professor Messias Leite, que resolveu tentar mais uma vez sensibilizar a MCTrans sobre a situação dos moradores.

Ele encaminhou ofício à empresa que gerencia o transporte coletivo na cidade e à Câmara de Vereadores, pontuando as dificuldades e solicitando um ônibus que vá até o bairro.

“Enquanto o problema persiste, os usuários estão se deslocando até os bairros Santo Antônio e Vila Anália. São percursos que causam transtornos, prejuízos e risco à vida, uma vez que a MG-308, que corta o bairro, não possui acostamento nem sinalização adequada. Além disso, existe uma mata fechada nas proximidades do bairro”, enumeram no documento.

O ofício foi recebido pela MCTrans no dia 9 de dezembro e a resposta, segundo Messias, é a de que seria colocada uma linha emergencial imediatamente. “Mas, até agora, não vieram. Continuamos sem solução”, afirma o morador, que fez uma outra tentativa junto com outros moradores.

“Nós fizemos uma faixa pedindo o transporte coletivo e colocamos no centro do canteiro que divide a avenida para chamar a atenção”, disse. Messias relata que, há cerca de três anos, a primeira moradora do bairro já havia buscado uma solução. Na ocasião, a MCTrans foi até o bairro e prometeu que o problema seria solucionado. De lá para cá, nada mudou.
 
MANUTENÇÃO
O documento alerta ainda para a vegetação alta que fica entre o Jardim Olímpico e o acesso mais próximo. Mas dentro do bairro não é diferente. 

“A praça tem brinquedos para crianças e bancos de concreto, mas, do jeito que está, fica muito perigoso. O mato tomou conta. Não tem manutenção e estamos convivendo também com o perigo de animais peçonhentos e dengue. Fizemos o pedido de revitalização e eles fizeram uma limpeza superficial. Sobre a revitalização, não houve sequer resposta. Agora, nas eleições, apareceu um candidato a vereador prometendo que ia fazer a rotatória, conseguir o ônibus para ir ao bairro e cuidar da praça, mas ele já estava lá e é ligado ao prefeito. Por que até agora não fez?”, questiona Messias.

Na MCTrans ninguém atendeu ao telefone. A reportagem tentou contato com o presidente da empresa, José Wílson Guimarães, mas até o fechamento da edição não houve retorno.

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