Posto de perícia e experiência

Unidade da Polícia Civil foi reformada em parceria com faculdades, como a Funorte

Da Redação
14/12/2018 às 06:58.
Atualizado em 05/09/2021 às 15:34
 (ASCOM FUNORTE)

(ASCOM FUNORTE)

O Posto Médico Legal de Montes Claros, ligado à Polícia Civil, foi entregue na última quarta-feira totalmente reformado. A nova estrutura vai garantir a qualidade do serviço prestado à população e oferecer um ambiente mais adequado de estudo para os acadêmicos.

A obra foi realizada em parceria com o Conselho Comunitário de Segurança Pública (Consep), Polícia Civil de Minas Gerais e três faculdades da cidade, incluindo a Funorte.

A unidade foi reinaugurada pelo delegado geral chefe da Polícia Civil de Minas Gerais, João Octacílio Silva Neto, e o delegado Regional da Polícia Civil, Jurandir Rodrigues César Filho.

“Fico satisfeito de estar em Montes Claros para inaugurar o Posto Médico Legal. É muito bom para a sociedade da região porque traz dignidade ao trabalho dos médicos legistas e auxiliares de necropsia, que é fundamental para a Polícia Civil e um trabalho primordial para a Polícia Judiciária”, frisou João Octacílio.

O investigador da Polícia Civil, Hélio Zeferino de Freitas Júnior, afirma que a parceria com as instituições de ensino foi essencial para a realização da obra. “A ideia da parceria surgiu em 2014 e foi concretizada por meio de contrato. Eu posso afirmar que, sem o apoio das faculdades, provavelmente nada teria sido feito ou não teríamos um resultado como o que tivemos. De certa forma, as faculdades, principalmente a Funorte, que foi a primeira que apostou na ideia, foram as principais responsáveis por esta melhoria”, destacou.
 
PRÁTICA
Já que a principal visão das faculdades é intensificar a prática dos estudantes, Hélio ressalta as atividades que eles podem realizar no local e como esta experiência irá contribuir para o desempenho acadêmico. “Os estudantes terão vínculo para fazer estágio e a prática vai colaborar muito com isto. Por exemplo, há muitos concursos em Medicina Legal e na área de análises para farmacêuticos e biólogos, e temos muitas pesquisas relacionadas. Então, é uma forma deles obterem um conhecimento maior, caso tenham interesse em atuar nesta área. Nós temos um amplo universo a ser explorado e estamos abertos para qualquer curso que se encaixe aqui”, frisou o investigador.

Atualmente, o local conta com seis investigadores de polícia e nove médicos legistas. Segundo Hélio, com o aumento de pesquisas, há a oportunidade de ampliar os cursos em que a atuação se enquadre na área.

“Quanto mais mix de profissionais tivermos aqui, mais acadêmicos terão a oportunidade de uma experiência na área. Então é uma ideia muito legal, mas que inicialmente tem que ser amadurecida. Se for desenvolvida, vai agilizar muito o trabalho, pois o tempo que gastamos para mandar o material para BH e aguardar a análise, é algo que se for feito aqui, irá nos ajudar muito”, ponderou.
 
HUMANIZAÇÃO
Hélio afirmou, ainda, que há uma grande demanda de atendimentos para vítimas de abuso sexual, violência da mulher, lesão corporal, entre outros, que é chamado de perícia do vivo. Segundo ele, a nova estrutura do local possibilitará uma humanização do trabalho feito com estas pessoas.

“Nossa ideia é fazer do Posto Médico Legal uma instituição de saúde. Somos da segurança pública, mas temos, de certa forma, uma responsabilidade com a saúde também. As pessoas não vêm procurando tratamento, mas podem ter um atendimento vinculado à saúde, pois somente 25% dos casos são de acidentes de vítimas violentas, suicídio e outros, o restante é o que chamamos de perícia do vivo e esta é a parte que pretendemos humanizar. Logicamente, existe este cuidado também com a perícia do morto, pois trabalhamos com os familiares”.
 
DEMANDA
Segundo dados do Posto Médico Legal, foram expedidos um número de 5.682 laudos entre os anos de 2016 e 2018. “Esta reforma foi de extrema importância para o Norte de Minas, pois a unidade atende a 23 municípios da 23ª Delegacia Regional de Montes Claros e 16 municípios da 4ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Taiobeiras, que abrange a microrregião Alto Rio Pardo, inclusive Salinas, e, ainda, sempre que necessário, dá suporte e apoio à Delegacia de Pirapora”, afirma o delegado Regional, Jurandir Rodrigues.

Ele ressaltou que a unidade também é um polo para acadêmicos e que a obra somente foi possível com a ajuda de instituições de ensino superior como a Funorte, que propiciaram a construção de um ambiente mais humanizado.

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