Para tentar conter os assaltos e preservar a integridade física de funcionários e clientes, duas das três agências credenciadas dos Correios em Montes Claros instalaram grades de proteção fortes e resistentes que mudaram a fachada dos prédios na rua Doutor Veloso e na avenida Cula Mangabeira, assaltadas três vezes somente neste ano. A falta de segurança é apenas um dos problemas das unidades que serão debatidos hoje em audiência pública na Câmara dos Vereadores, às 19h.

Na última semana, O NORTE mostrou a denúncia feita pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Correios e Telégrafos e Similares do Estado de Minas Gerais (Sintect-MG) de que as agências de Montes Claros estão sucateadas e os servidores sem condições adequadas de trabalho. Houve até mesmo uma ameaça de paralisação.

Segundo Daniele Santos Santana, diretora da sub-sede Montes Claros do sindicato, a instalação de portas giratórias, a exemplo do que ocorre nos bancos, seria mais adequado para inibir a ação dos criminosos.

“Até porque as três agências franqueadas não operam depósitos, saques ou efetua pagamentos de benefícios”. As grades acabam expondo os clientes, que ficam muito tempo do lado de fora esperando que os portões sejam abertos para que possam acessar o interior da unidade.

Segundo a sindicalista a situação é grave porque não se restringe aos assaltos registrados em Montes Claros. Duas ocorrências graves resultaram no fechamento das agências de Grão Mogol e Riacho dos Machados.

Em São João da Ponte, a única agência do município está temporariamente desativada após ser alvo de assaltantes.
 
TERCEIRIZAÇÃO
A sub-sede do sindicato adiantou que outro ponto a ser abordado na audiência pública é a crescente terceirização dos serviços dos Correios, pois desde 2011 a empresa não promove concurso público.

Até o fechamento da edição, os Correios não responderam aos questionamentos feitos pela reportagem.

Compartilhar