(Arquivo O Norte)
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) reviu para meados de julho a previsão de pico dos casos de Covid-19 no Estado. Daqui a um mês e meio, poderá haver de 2 mil a 3 mil novos pacientes em um dia. Em Montes Claros, até agora, foram 60 diagnósticos positivos da doença, com duas mortes.
O número de contaminados na maior cidade do Norte de Minas disparou a partir do último dia 12, com quase duas pessoas com teste positivo, por dia, para o novo coronavírus.
A estimativa anterior da SES para o Estado era de que o pico aconteceria em 10 de junho, mas a partir de uma metodologia diferente – relacionando o número de casos no Estado e comparando com o comportamento da epidemia em nível nacional. Ao observar apenas os dados de Minas, que tem menos infectados que outros estados, o colapso do sistema de saúde foi projetado para o mês seguinte.
De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, as previsões foram mudando desde o início da pandemia, devido à adesão ao isolamento social. Em março, a projeção era de que o pico da epidemia teria 14 mil casos em um único dia.
A confirmação da estimativa mais favorável depende da manutenção das medidas de isolamento e da adesão das prefeituras ao programa desenvolvido pelo Estado para coordenar medidas de reativação da economia, diz o secretário. Montes Claros está funcionando com a “Onda Branca” – que permite a abertura de todos os estabelecimentos comerciais, exceto bares, shoppings, cinemas, restaurantes e academias. A previsão é que a partir de 18 de junho estes setores possam reabrir.
“Se por ventura tivermos uma diferença muito grande em relação ao Minas Consciente, poderemos ter uma mudança em relação a essa projeção”, afirmou Amaral.
AÇÕES MAIS DURAS
O secretário alertou que medidas como usar máscaras, higienizar as mãos e evitar aglomerações são fundamentais para que a epidemia seja mantida sob controle. Caso a população relaxe nos cuidados, o Governo poderá tomar medidas mais duras para evitar a transmissão do novo coronavírus.
“Caso tenha grande aumento nos casos, vamos retornar as ondas em relação ao que temos hoje, até retornar à onda verde, que é o momento inicial que tivemos no Estado. Caso ainda haja uma piora grande, teremos que aumentar ainda mais o isolamento, algo próximo do lockdown (bloqueio total)”, afirmou.