(leo queiroz)
Três pessoas foram presas em flagrante em Montes Claros nesta quarta-feira (29) por posse de material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes. Somente em um dos alvos foi constatada a transmissão de 1.200 arquivos.
A ação faz parte da Operação Saint Nicolas, realizada pela Polícia Federal, com o objetivo de coibir a prática de exploração sexual infantil na internet.
A operação integrada entre a Superintendência Regional em Belo Horizonte e todas as delegacias descentralizadas da PF no interior de Minas cumpriu seis mandados de busca e apreensão a partir de cinco inquéritos policiais em Montes Claros.
Todas as investigações aconteceram de forma isolada e, com os outros três investigados, após análise superficial, não foram encontrados materiais suspeitos. Por isso, não foram presos.
NO ESTADO
Foram cumpridos 36 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 35ª Vara Federal de Belo Horizonte, em Belo Horizonte, Contagem, Santa Luzia, distrito de Mariana, Uberlândia, Uberaba, Juiz de Fora, Varginha, Montes Claros, Divinópolis e Governador Valadares.
Cerca de 160 policiais participaram da operação, resultado de investigações da PF a partir do uso de ferramentas e técnicas investigativas que permitem a coleta de informações na internet e a identificação de usuários que frequentemente compartilham ou comercializam esse tipo de arquivo na rede.
DELITOS
De acordo com o delegado federal Pedro Dias dos Santos, responsável pela investigação, todo o material apreendido será submetido a perícia e verificado se a pessoa que estava de posse do arquivo participou dos atos de exploração.
“São vários delitos, como produção, distribuição, posse e exploração sexual, todos ligados à mesma situação, mas são delitos distintos. No caso das três prisões, ficaram caracterizados dois crimes: compartilhamento e divulgação e posse de material pornográfico”, diz o delegado.
“Caso qualquer pessoa receba arquivos dessa natureza, deve-se imediatamente procurar as autoridades competentes e apresentar esse material e jamais transmitir ou divulgar, até mesmo por curiosidade ou indignação, porque quem tem posse desse material comete crime. Também quem compartilha e disponibiliza comete crime”, alerta.
Se condenados, os suspeitos podem cumprir até dez anos de reclusão mais multa.