Padre Henrique eternizado

Admiradores lotam lançamento do livro de Raquel Muniz sobre o religioso que cativou uma cidade inteira

Márcia Vieira
Montes Claros
29/12/2017 às 19:36.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:30
 (MARCIA VIEIRA)

(MARCIA VIEIRA)

A deputada Raquel Muniz recebeu amigos e admiradores do padre Henrique Munáiz, na noite dessa quinta-feira, no Automóvel Clube, para o lançamento do seu primeiro livro. A obra relembra as histórias do religioso espanhol que dedicou mais de 50 anos de vida a Montes Claros.

“É uma homenagem a um santo homem que tanto fez por Montes Claros e principalmente por aqueles que mais precisam”, disse Raquel.

Vários personagens que participaram da vida do padre estão na obra. Um deles é Elton Pereira, que dirige a Casa da Juventude São Luiz Gonzaga, fundada pelo padre Henrique há 47 anos e que atende a uma média de 300 pessoas carentes – a maioria, residente no bairro Carmelo. 

“Convivemos com o padre desde o início da casa e como presidente digo que vamos continuar com os projetos, cuidando um do outro, como ele nos ensinou. Ele foi um anjo pra gente. Agradecemos a Ruy e Raquel Muniz, que sempre abraçaram esta causa conosco e que, com o livro, continuam nos ajudando, já que a renda será revertida à nossa obra”, declara Elton. 

Maria Lúcia Duarte frequentava a missa do padre Henrique no bairro Cintra e conta que uma das lições aprendidas com ele é a de acolhimento. “Padre Henrique sempre recebeu a todos muito bem e nunca discriminou ninguém. Ele é um ícone da igreja católica em Montes Claros e o livro dá ênfase a sua história. Todo mundo amou e venerou o padre Henrique”, destaca.
 
UNIÃO
O espírito agregador do padre Henrique também foi ressaltado por Josias da Silva, regente do Coral da Igreja Batista Esperança e Vida. “Cheguei aqui num tempo em que não era comum a igreja católica se sentar à mesma mesa com outras igrejas. O padre Henrique era uma porta aberta a todos. O melhor dele foi a solidariedade, o acolhimento. E a gente procura passar isso para frente”, disse Josias, que é voluntário e dá aulas de músicas para a fanfarra do padre Henrique, uma das atrações da noite de lançamento.

Raquel Muniz lamenta ter que passar a virada de ano sem o religioso por perto. “Há mais de 20 anos o meu primeiro abraço da virada sempre foi para o padre Henrique. ‘Arriba, abajo, al centro y dentro’ eram as palavras que eu e Ruy repetíamos com ele na hora do brinde e em todas as ocasiões festivas em que nos encontrávamos. Com aquele sotaque lindo que ele nunca perdeu, mesmo depois de virar um sertanejo. É assim, com alegria, que vamos nos lembrar dele”, conta.

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