Nova luz sobre a leishmaniose

Docente da Funorte apresenta estudo sobre a doença em evento internacional

Da Redação
O Norte - Montes Claros
05/12/2018 às 06:43.
Atualizado em 28/10/2021 às 04:05
 (ARQUIVO PESSOAL)

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Estudo desenvolvido por acadêmicos e docentes da Funorte, em Montes Claros, que ajuda a compreender sobre o processo de coagulação sanguínea em cães infectados pela leishmaniose foi apresentado em evento internacional realizado na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte, de 19 a 22 de dezembro.

Montes Claros registra alto índice da doença, que neste ano causou a morte de pelo menos quatro pessoas, entre eles o jornalista Artur Leite, na última semana.

Docente do curso de medicina veterinária da Funorte, Patrícia Natalícia Mendes de Almeida apresentou artigo científico sobre o tema durante o “Workshop Internacional e IV Congresso Científico do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde: Doenças Infecciosas e Medicina Tropical”, que reuniu pesquisadores em início de carreira do Brasil e do Reino Unido para compartilhamento de conhecimentos.

Segundo a professora, o trabalho _ intitulado “Hemostasis Time in Dogs with Visceral Canine Leishmaniosis (LVC)” _ se deu pelo fato de Montes Claros estar inserida em uma região endêmica para leishmaniose visceral e por ser um centro de referência de tratamento médico dessa patologia.

Ela destaca que a doença acomete grande quantidade de cães e pessoas, havendo sempre forte preocupação com lesões no sistema linfático, fígado e baço.

“Mas pouco se sabe sobre as alterações sanguíneas causadas pela infestação do parasita. Então esse estudo veio trazer um pouco de luz sobre esse tema, tendo, inclusive, nos mostrado nos resultados que o tempo de coagulação sanguínea ficou aumentado nos animais infectados pela leishmania”, afirmou.

A docente conta ainda que situações desse tipo podem trazer grandes problemas aos animais, especialmente em acidentes ou cirurgias, sendo que o animal pode morrer por hemorragia, já que o sangue não coagula no tempo correto. Além de mostrar a pesquisa em um evento internacional, a médica veterinária destaca o que esta experiência representa para ela.

“A interação com pesquisadores ingleses foi muito grande. Tive a oportunidade de trocar ideias, experiências e informações com pessoas de alto nível científico, o que é engrandecedor”, disse Patrícia.

Segundo ela, os trabalhos, palestras e mesas redondas, todos apresentados em inglês, fazem ver a importância de expandir os conhecimentos e ganhar coragem para novos rumos.

“Tudo isso para que a Funorte seja reconhecida como uma instituição realmente grande”, frisou Patrícia.

Formada em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), com especialização pela Ufla, mestrado pela UFMG e doutoranda na Unimontes, Patrícia é professora do curso de medicina veterinária desde 2010 e orientadora de TCC desde 2012.
 
TRABALHO CONJUNTO
Patrícia destacou ainda que o trabalho apresentado é fruto de um TCC orientado por ela, realizado junto às acadêmicas do curso de medicina veterinária Cristiane Tasmine Vale Barreto e Glécia Guerreira Rocha, em conjunto com professores do curso, o médico veterinário Joel Fontes de Souza e o biomédico Marden René Gonçalves Ferreira.

Além disso, contou com a coautoria de sua orientadora de doutorado da Unimontes, a professora Marileia Chaves Andrade.

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