Moradores do Gameleira II comemoram instalação de poço

Jornal O Norte
23/08/2005 às 16:18.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:50

Railda Botelho


Repórter


railda@onorte.net

A Associação dos pequenos produtores rurais do Povoado Gameleira II comemora a conquista de sua primeira vitória, que foi conseguida através de muitas reivindicações: a instalação de um poço artesiano, o que mereceu uma tarde de festas entre os moradores.

De acordo com a presidente Terezinha Batista Oliveira, também fundadora da associação, tudo teve início quando resolveu, junto com o esposo Walter Gomes Oliveira, adquirir um terreno no Gameleira II, e lá passar a morar. A partir daí sentiu de perto as necessidades dos moradores, principalmente no que se refere, às dificuldades enfrentadas para aquisição de uma bomba de água, para as necessidades mais simples.

Terezinha conta que decidiu reunir as pessoas do lugar em uma organização, onde discutiriam os problemas enfrentados pela comunidade. Diz que arregaçou as mangas e partiu para a luta, sendo que o primeiro passo foi informar-se junto à Cordam - Coordenadoria das associações de moradores de Montes Claros.

A DIRETORIA

Para compor a primeira diretoria, Terezinha convocou uma reunião em sua residência, com todos os moradores, e a chapa foi montada no mesmo dia, com a presença do então presidente da Cordam, Júlio César Arruda Abreu, ficando assim constituída: presidente, Terezinha Batista de Oliveira; vice-presidente, Waldir Fernandes de Jesus; primeira secretária, Terezinha Astrid Oliveira Matos; segundo secretário, Josué Cardoso de Andrade; primeiro tesoureiro, Fábio Pereira Gomes; segundo tesoureiro, Otelino Botelho dos Santos.

Conselho Fiscal: Francisco Ferreira Campos, Elói Cardoso dos Santos, Walter Gomes Oliveira. Suplentes: Dalton Gomes de Oliveira, Antenor Martins Neto e Elifas Ribeiro dos Santos.

Terezinha diz que o sonho de conseguir o poço artesiano parecia distante mas, com o empenho dos moradores, conseguiu, através do Dnocs, a doação dos equipamentos, incluindo a bomba submersa, todo o material elétrico e a instalação de um transformador.

Outra conquista da associação foi a obtenção de uma Kombi, resultado de pedido que foi feito à prefeitura, que atualmente faz o transporte das crianças da localidade para estudar na zona urbana, sendo que essa era outra grande dificuldade enfrentada pelos pais, que eram obrigados a conduzi-las em bicicletas, a cavalo ou a pé.

ACESSO DIFÍCIL

A situação em que se encontra a estrada que dá acesso às localidades de Gameleira I e  II é precária, o que coloca em risco a vida das pessoas que circulam de bicicleta, moto e mesmo de carro. Segundo o vice-presidente Waldir Fernandes, este é o grande problema enfrentado pelos moradores de Gameleira.

De acordo com Waldir, por ocasião de campanhas políticas, são feitas muitas visitas de candidatos à comunidade, e também muitas promessas em consertar a estrada, inclusive a ponte, que oferece muito perigo, uma vez não existe corrimão ou outra forma de proteção, além de ser bastante estreita, e ter abismos com enormes  pedras dos dois lados.

Para manter a associação em funcionamento é cobrada uma taxa mensal de R$ 2. São realizadas missas na capela uma vez por mês, que são celebradas aos domingos pelo padre Kity, de paróquia de Moc, oportunidade em que os moradores se encontram e também se confraternizam.

A Associação dos moradores da Gameleira passou a existir de fato no dia 18 de maio de 2002, e de lá para cá vem se fortalecendo cada vez que aumenta a conscientização de cada morador em lutar pelas causas a favor da comunidade, conforme explica o segundo tesoureiro Otelino Botelho.

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