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Moradores e comerciantes no entorno da avenida Vicente Guimarães querem explicação do município para a paralisação da obra, que estaria trazendo transtornos e perigo para os que moram à beira da via.
Iniciada em 2020, a reforma da avenida já teria extrapolado o prazo de conclusão previsto pela administração. Desde o início das obras, diversas situações que impactam no dia a dia de quem passa pela região já aconteceram: interrupção do trânsito em uma das principais rotas de acesso à zona sul da cidade, a avenida Mestra Fininha; deterioração do asfalto de ruas próximas, dentro do bairro Augusta Mota, que não têm estrutura para receber o trânsito de veículos pesados; água de esgoto correndo a céu aberto.
A paralisação das obras tem preocupado a comunidade, que quer ver a intervenção concluída.
“Parou tudo! Nem máquina tem mais e todo mundo sumiu. Desde dezembro houve essa paralisação e a gente não entendeu o porquê. Meu vizinho, que havia conversado com um dos trabalhadores quando estavam retirando as máquinas, nos comunicou que houve um desentendimento entre a empresa e a prefeitura. Não temos perspectiva de retorno e o que tem de terra no local não é brincadeira”, afirma a administradora R.S., moradora da rua Joãoo Vilela, uma das vias que teve o acesso mais prejudicado.
“A rotatória foi asfaltada, graças a Deus, senão estaríamos com maior dificuldade de acesso. Porém, no final da nossa rua, foi aberta uma vala, supostamente para dar vazão à água. Nosso entendimento é de que seria uma coisa temporária, mas a empresa foi embora e agora estamos com este grave problema, sujeito a acidentes, especialmente com pessoas idosas e crianças que precisam passar pelo local”, lamenta a moradora.
DEMORA
Moradores de um prédio cuja entrada fica na avenida Vicente Guimarães têm uma garagem na rua lateral, que não era utilizada, mas que acabou tornando-se a saída para alguns deles.
“Manobrar aqui ficou muito complicado e perigoso. Não entendemos a demora. Havia uma promessa e grande expectativa de nossa parte quanto a esta obra. Os veículos estão passando de maneira restrita. Só mesmo para entrar nas casas, mas evitamos sair de carro e nosso temor é o de que caia uma chuva e piore a situação. Corremos o risco de ficar ilhados”, alerta A.C.P..
PREJUÍZOS
Gustavo S. trabalha em um comércio na avenida Vicente Guimarães, entre as ruas Raul Corrêa e avenida Francisco Gaetani, outro trecho interrompido há mais de um ano. Ele pontua que houve uma queda no faturamento da empresa e atribui à interrupção do trânsito no local.
“A incerteza e a falta de sinalização adequada refletem no movimento. As pessoas não sabem se podem ou não circular na avenida e muita gente deixa de vir. Em algumas partes do dia, os veículos se arriscam, mas apesar de terem asfaltado a avenida neste trecho, deixaram o serviço pela metade. Não teve acabamento e não está liberado. Ou seja, estamos na incerteza”.
O secretário Municipal de Obras, Guilherme Guimarães, disse que a retomada das obras vai acontecer ainda nesta semana. “Novembro e dezembro são tradicionalmente meses de chuva, então resolvemos paralisar porque se fizéssemos a terraplanagem, teríamos perdido todo o serviço. A previsão para a conclusão da obra é em abril”, afirma o secretário.
Questionado sobre problemas provocados pela execução do serviço, Guilherme afirmou que vai averiguar os problemas pontuados e garantiu que não houve, até o momento, nenhum aditivo à obra.