MOC tem mais de 64 mil títulos de eleitor cancelados

Cidadão tem até 4 de maio para regularizar a situação e conseguir votar nas eleições de 2022

Márcia Vieira
O NORTE
12/01/2022 às 00:27.
Atualizado em 18/01/2022 às 00:52
 (marcello casal jr./agência brasil)

(marcello casal jr./agência brasil)

Mais de 64 mil eleitores de Montes Claros tiveram o título cancelado e não poderão votar nas eleições deste ano. Desse total, que equivale a 21% do eleitorado da cidade, mais de 60 mil tiveram o documento suspenso por falta de cadastramento da biometria.

Dos 305.788 eleitores montes-clarenses, 239.883 (78,5%) estão aptos a votar no próximo pleito, sendo que 235.087 (76,8%) já fizeram a biometria.

O registro biométrico deveria ter sido feito até abril de 2020. Nas últimas semanas para fazer o procedimento, o cartório eleitoral de Montes Claros teve filas quilométricas. Com a chegada da pandemia e o alto número de brasileiros que não fizeram o cadastramento, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) suspendeu a obrigatoriedade da biometria para participar das eleições de 2020. Situação que não prevalece para este ano.
 
REVISÃO
Quem teve o título cancelado – seja pela falta da biometria ou outro motivo – ainda pode regularizar a situação até 4 de maio. É preciso pedir a revisão do título pela internet ou no cartório eleitoral.

“Esses cancelados, se não procurarem o cartório para regularizar a situação, não vão poder votar este ano. Tem que ser feita a revisão, mas não será colhida a biometria por conta da pandemia”, explica Rodrigo Alves, analista judiciário da 184ª Zona Eleitoral.

Segundo ele, há algumas operações no cadastro eleitoral e as atualizações são necessárias para o exercício da cidadania. “Temos o alistamento, que é quando a pessoa vai tirar o título pela primeira vez; a revisão eleitoral, como alteração de endereço, local de votação, correção de nome ou inclusão do nome social; e a revisão, que é sobre cancelamento que ocorreu em razão da falta de atendimento a uma convocação da Justiça Eleitoral”, pontua.
 
PENALIDADES
No Brasil, o voto é obrigatório. E quem fica em débito com esse processo sofre penalidades. A cobrança de multa , de cerca de R$ 3,50 a cada eleição em que não houver o comparecimento. Mas há restrições que podem afetar a vida do cidadão.

“A pessoa que deixou de votar pode ser impedida, por exemplo de prestar concurso, de retirar o passaporte ou até de fazer matrícula em instituições de ensino que exijam a quitação eleitoral”, alerta Rodrigo Alves.

A.T. é um dos montes-clarenses que não fez o cadastramento biométrico. Apesar de ter agendado o atendimento, não compareceu. Ela afirma que está decepcionada com os rumos do país e não faz questão de votar. “Sinceramente, não estou preocupada. Não fiz a biometria e, se não der para votar, não voto. Estou desanimada com os políticos e acho que o voto teria que ser opcional”, opina.
 
VIRTUAL
Rodrigo Alves chama atenção do eleitorado para o prazo de alistamento que, em todo ano de eleição, se encerra a 151 dias do pleito.

“O último dia para fazer o título é 4 de maio. Então, a sugestão é que as pessoas comecem a procurar o cartório até o final de fevereiro ou março para evitar tumulto”, alerta. Mas ele orienta que só façam o processo presencialmente aqueles que precisam mais rápido do documento ou que tenham mais dificuldade de fazer pela internet.

O processo pode ser feito de forma virtual pelo “Título Net”. Basta entrar no site do TSE ou TRE. O aplicativo E-título também possibilita isso e a pessoa consegue acessar o local de votação, ter o título digital e até tirar certidões de quitação eleitoral, de crimes eleitorais.


 

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