MOC sedia evento para capacitação contra leishmaniose

Seminário sobre prevenção e tratamento será realizado nos dias 16 e 17 de novembro

Da Redação
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12/11/2021 às 00:57.
Atualizado em 05/12/2021 às 06:14
 (fábio marçal/divulgação)

(fábio marçal/divulgação)

Considerada área endêmica para a leishmaniose, Montes Claros será palco, na próxima semana, de um evento de capacitação de profissionais para atuar na prevenção e tratamento da doença.

O evento acontece nos dias 16 e 17, no auditório do Consórcio Intermunicipal Multifinalitário da Área Mineira da Sudene (Cimams), sediado à rua Tapajós, 441, bairro Melo.

O seminário é uma ação conjunta entre a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e o Ministério da Saúde (MS) e será aberto à participação de médicos, enfermeiros, biomédicos e bioquímicos.

Além de informações específicas sobre a doença, a capacitação abordará de forma prática a análise e o diagnóstico laboratorial da leishmaniose e a inserção do Norte de Minas no Programa Nacional de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral, já iniciado em Montes Claros.

No ano passado, 459 pacientes foram acometidos pelos tipos visceral (Calazar) e cutânea da doença. As condições climáticas da região – calor intenso e tempo seco na maior parte do ano – são consideradas favoráveis para a proliferação do mosquito-palha, vetor da doença.

A coordenadora de Vigilância em Saúde da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros, Agna Soares da Silva Menezes, explica que a leishmaniose é uma doença infecciosa grave, sistêmica e que pode causar a morte de pessoas se não for tratada. No meio urbano, o principal reservatório da doença são os cães.

“No Norte de Minas, a leishmaniose é descrita desde a década de 1940. A partir dos anos 1980 a doença se expandiu para o ambiente urbano, sendo transmitida por meio de cães infectados pelo vetor Lutzomyia longipalpise, conhecido popularmente como mosquito-palha, tatuquiras, birigui, dentre outros”, explica.

Os principais sintomas são: febre de longa duração; aumento do fígado e baço; perda de peso; fraqueza; redução da força muscular e anemia. Apesar de grave, a leishmaniose visceral tem tratamento gratuito e está disponível na rede de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). 

No Norte de Minas, o Hospital Universitário Clemente de Faria (HU), sediado em Montes Claros, é a unidade de referência para tratamento de pacientes acometidos pela leishmaniose visceral.
 
PROGRAMAÇÃO
O coordenador de Vigilância Epidemiológica da SRS-Montes Claros, Valdemar Rodrigues dos Anjos, destaca que o objetivo do seminário será repassar aos profissionais de saúde informações atualizadas sobre as leishmanioses visceral e tegumentar. 

Por isso, a programação do dia 16, voltada para médicos e enfermeiros, será aberta às 8h30, pela referência técnica da SRS, Arlete Lisboa Gonçalves, apresentando dados epidemiológicos da leishmaniose tegumentar no Norte de Minas.

Em seguida, os técnicos do Ministério da Saúde Lucas Edel Donato e Kathiely Martins dos Santos farão apresentações sobre o diagnóstico clínico, laboratorial, tratamento, medidas preventivas, desafios e perspectivas da leishmaniose tegumentar.

Participam ainda a referência técnica do Laboratório Macrorregional da SES-MG, Clarissa Fernandes Gomes, o médico Sílvio Fernando Guimarães de Carvalho, do HU.

O seminário terá ainda capacitação prática para biomédicos e bioquímicos, preferencialmente para os que são efetivos nos serviços de saúde dos municípios.

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