(Arte HD)
Metade dos casos da Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P) é de crianças com até 4 anos. A principal suspeita é a de que a enfermidade esteja associada à Covid-19. Mais do que desafiar médicos, a rara doença aumenta o alerta aos pais, que devem procurar socorro caso os filhos apresentem sintomas durante ou após o diagnóstico do novo coronavírus.
A enfermidade que provoca febre alta e duradoura, pressão baixa e manchas pelo corpo avança cada vez mais em Minas. Atualmente, o Estado tem 30 confirmações, mas investiga outras dez notificações – duas delas em Montes Claros. No início de outubro, eram 24 registros. Todos os pacientes ficaram internados. Vinte e sete receberam alta. Não há mortes.
Os dados apresentados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) mostram que meninos são os mais afetados. Ao todo, 67% dos casos confirmados são de criança do sexo masculino. O balanço da SES revela ainda que a maioria dos doentes (86%) não tinha histórico de outras enfermidades.
Belo Horizonte lidera as confirmações. Na capital, 12 crianças tiveram a síndrome. Contagem, na região metropolitana, aparece na sequência, com três registros. Uberlândia tem dois.
SE PRECISO, PROCURE AJUDA
A SIM-P ainda está sendo estudada por cientistas de todo o mundo, mas as poucas informações disponíveis revelam que os pacientes testaram positivo para o novo coronavírus.
Pediatra com atuação nos hospitais Odilon Behrens e São Camilo, em BH, Beatriz Adriane Gonçalves considera que o aumento dos casos se deve à maior vigilância dos médicos e dos pais. “Uma vez que foram divulgados os critérios de diagnóstico, era esperada essa elevação”. Porém, a especialista reforça que não há motivo para alarde.
De acordo com Beatriz Gonçalves, as crianças devem ser levadas para consulta quando apresentarem febre por mais de cinco dias, prostração excessiva, tontura e desmaio. “Os sintomas precisam ser investigados e tratados”, disse.