Miralta tem escola caindo aos pedaços; unidade está com obra parada há mais de três meses

Márcia Vieira
O NORTE
07/12/2020 às 21:49.
Atualizado em 27/10/2021 às 05:15
 (divulgação)

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A população de Miralta mais uma vez é deixada à deriva pelo poder público municipal. Com problemas estruturais na ponte que liga o distrito à cidade e depois de verem o asfalto recém-instalado se desfazer com as chuvas, a comunidade vê frustrada, mais uma vez, a necessidade de ter uma demanda atendida pela Prefeitura de Montes Claros.

Desta vez, o problema são as condições do local que abrigava uma creche antes da pandemia. Com cerca de mil famílias vivendo no distrito, que fica a 30 quilômetros de Montes Claros, ter um espaço adequado para atender as crianças é fundamental.

Mas não é isso o que eles têm. E a esperança era de que a reforma da unidade ocorresse durante a pandemia, período em que a creche está fechada.

Nove meses depois de interrompido o funcionamento, não há sinal de casa nova para o ano que vem.

“O momento ideal para fazer qualquer serviço é agora, quando está tudo parado. Infelizmente, a gente cria uma esperança e vem logo depois a decepção. O que foi feito desmoronou e as obras necessárias não têm expectativa de serem executadas”, disse M.J.A., referindo-se ao asfalto que foi feito recentemente e levado pela chuva e sobre há três meses, mas já paralisada.

O produtor Junior Barbosa, morador do distrito e sempre atento aos problemas da localidade, aponta para o desperdício de dinheiro público. Ele revela que as pessoas contratadas para trabalhar na obra estão paradas porque não tem material e um deles chegou a desistir, em razão da baixa remuneração.

“Tem uns três meses que eles começaram a reforma. Mas não andou. O pedreiro contratado desistiu porque disse que eles pagam uma mixaria. Enquanto isso, os ajudantes de obra estão parados, porque não têm condições de trabalhar. Um dia falta areia, no outro, falta cimento”, disse Junior.

Segundo ele a obra é muito necessária, pois, por dentro, o piso está totalmente danificado. “Se eles voltarem a abrir sem ter feito essa reforma, pode acontecer alguma coisa pior, porque é um risco para as crianças”, arrematou.
 
PROBLEMA CONSTANTE
Não é apenas a escola em Miralta que sofre com problemas estruturais. No início de 2020, a comissão de Educação do Legislativo chegou a visitar a escola Nair Fonseca, em Canto do Engenho, depois de reiteradas denúncias de que alunos e servidores estariam em risco devido às condições precárias.

Na ocasião, reportagem de O NORTE acompanhou a visita e registrou uma série de problemas como salas sem portas, paredes rachadas, vazamentos nos telhados e parte dele quebrada, banheiros danificados e outras situações, como a ausência de sala para professores e biblioteca. 

A escola atende às comunidades de Brejinho, Cedro, Extrema, Lagoa dos Freitas, Pederneira, Riacho Fundo, Seriema e Três Irmãos.

Logo depois da visita, moradores informaram que a Prefeitura de Montes Claros “ensaiou” uma reforma, mas também não levou adiante.

A secretária Municipal de Educação, Rejane Veloso, não atendeu às ligações. Até o fechamento da edição, o secretário Municipal de Agricultura, Osmani Barbosa, responsável pelas demandas da zona rural, não foi encontrado pela reportagem para falar sobre a situação.

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